Rescisões antecipadas de contratos de locação costumam gerar dor de cabeça para donos de imóveis. O caso do fundo imobiliário RBR Log (RBRL11), que tem em seu portfólio um galpão que era alugado pela Americanas (AMER3), não está sendo diferente.
O FII e a varejista formalizaram no mês passado o fim da locação do Galpão Hortolândia II. Na ocasião, os termos acertados previam uma multa por rescisão antecipada que foi calculada em R$ 2,09 milhões e deveria ser paga pela companhia.
O contrato incluia ainda outras penalidades que, somadas, representariam um impacto positivo de cerca de R$ 0,31 na receita do RBRL11 ao longo do ano.
Mas, segundo um comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (1), a varejista não depositou a parcela acordada para o mês de julho. Vale destacar que essa não é a primeira vez que a empresa atrasa pagamentos a fundos imobiliários.
Fundo imobiliário conversa com Americanas (AMER3) para regularizar pagamentos
A BRL Trust, administradora do fundo, destaca que a gestora e a Americanas mantêm "entendimentos constantes" com o objetivo de regularizar o pagamento e também a manutenção dos depósitos integrais da multa ao longo do segundo semestre deste ano.
"Caso tais entendimentos não sejam frutíferos, a gestora e o administrador adotarão todas as medidas cabíveis para cobrar o referido valor inadimplido e dos futuros que não venham a ser adimplidos nos termos da rescisão da locação do imóvel", diz o comunicado.
É importante relembrar que, apesar do impasse, o fundo imobiliário já substitiu a varejista por uma nova locatária: o ativo é ocupado por uma empresa de logística desde junho com um contrato de 60 meses.
Após o período de descontos, o RBR Log calcula que a receita do imóvel representará aproximadamente R$ 0,06 por cota de seus resultados mensais.