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Americanas (AMER3) sobe 12,7% no primeiro dia fora do Ibovespa, mas ações acumulam tombo de 93% desde escândalo contábil

Americanas

Montagem com logo da Americanas

Depois de ser expulsa de todos os índices da B3, inclusive o Ibovespa, a Americanas (AMER3) ensaiou uma recuperação na bolsa nesta segunda-feira (23).

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Os papéis encerraram o dia cotados a R$ 0,80, alta de 12,7% em relação ao fechamento da última sexta-feira (20), quando a ação da varejista se despediu do principal índice da bolsa brasileira valendo menos de um real.

Vale notar que as penny stocks, como são apelidadas as ações negociadas na bolsa abaixo de um real, costumam sofrer com oscilações percentuais muito grandes devido ao baixo valor.

Desde a descoberta de um rombo contábil bilionário no balanço da Americanas até esta segunda-feira, os papéis da varejista despencaram 93%.

No espaço de uma semana, a varejista revelou o rombo, foi acionada na Justiça pelos credores e entrou com pedido de recuperação judicial dizendo que o total de dívidas chega a R$ 43 bilhões.

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Relembre o escândalo da Americanas

A revelação do buraco no balanço veio na quarta-feira (11), com a publicação de um fato relevante quando o mercado já estava fechado. No documento, a Americanas informava sobre uma "inconsistência contábil" de R$ 20 bilhões e dizia que os recém-empossados CEO, Sergio Rial, e o diretor financeiro, André Covre, haviam renunciado aos cargos com apenas 10 dias de casa.

Na manhã seguinte, em uma teleconferência restrita a poucos privilegiados que conseguiram entrar, Rial deixou mais dúvidas do que respostas. Quando chegou o horário de abertura do mercado, a ação da Americanas ficou em leilão por conta da pressão vendedora e assim permaneceu até o começo da tarde. Por volta das 14h25, os papéis caíam 76%.

Ao final do pregão, a ação da Americanas (AMER3) fechou em queda de 77,33%, a R$ 2,72 e perdeu R$ 8,4 bilhões em valor de mercado num só dia.

Na sexta-feira (13), os papéis ensaiaram uma recuperação, talvez motivada por alguns oportunistas que acharam que a ação tinha caído o suficiente para ficar barata.

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No entanto, após os bancos darem início a disputas judiciais para reaverem o crédito concedido à Americanas, a situação ficou insustentável e culminou com o pedido de recuperação judicial, protocolado e aceito na última quinta-feira (19).

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