Ela ainda não faz cócegas nas pesquisas, nem no mercado, mas caso se revele viável, tem todo potencial de se tornar a queridinha da Faria Lima e do Leblon. Estou falando da terceira via, a possível chapa de centro que deve tentar se opor aos extremos representados pelos dois principais candidatos às eleições presidenciais, buscando o “caminho do meio”.
Por enquanto, esse meio de campo está embolado. Na última semana, vimos o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro abrir mão, ao menos por ora, da candidatura à presidência, ao anunciar sua migração do Podemos para a União Brasil.
Assistimos também a um verdadeiro vaivém na pré-candidatura do governador de São Paulo, João Doria, ao cargo executivo mais alto do país pelo PSDB. Corria a notícia de que o tucano desistiria de concorrer, mas ele acabou reafirmando que está no páreo.
Ao mesmo tempo, Eduardo Leite, que perdeu nas prévias do PSDB para Doria, deixou o governo do Rio Grande do Sul, colocando-se à disposição para as próximas eleições, sem deixar claro se está ou não se aquecendo na beira do campo, pronto para substituir seu rival paulista.
Mas toda essa movimentação, afinal, enfraquece a terceira via, ou fortalece a possibilidade de uma união em torno do candidato mais capaz de derrotar Lula e Bolsonaro, quem quer que seja ele? Aliás, um candidato de terceira via teria realmente chances de vencer?
A viabilidade da terceira via, alternativa que tende a ser a preferida do mercado financeiro, foi o tema da última edição do podcast Touros e Ursos. Eu, Vinícius Pinheiro e Victor Aguiar também falamos sobre os nossos touros e ursos da semana, os melhores e piores investimentos do mês, além da cerimônia do Oscar. Para ouvir, basta dar o play no tocador abaixo!