O que restou do império de Eike Batista pode parar nas mãos de Nelson Tanure? A PetroRio (PRIO3), recém batizada de PRIO, está entre os interessados na compra da Dommo Energia (DMMO3), empresa que reúne os ativos de exploração de petróleo da antiga OGX, de Eike.
Quem confirmou o interesse da PRIO foi a própria Dommo. A empresa respondeu a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após notícia publicada pelo colunista Lauro Jardim sobre o assunto. Mas até o momento nenhum contrato foi assinado entre as companhias.
No início do ano, a Dommo contratou o Santander para "avaliar opções estratégicas", o que inclui uma possível venda. Após o colapso do grupo de Eike Batista, o controle da empresa de petróleo passou neste ano para as mãos da Prisma, gestora especializada em ativos problemáticos e complexos.
Pois o negócio até o momento se revelou bem lucrativo. As ações da Dommo (DMMO3), que seguiram negociadas na B3 após a quebra de Eike Batista, mais que triplicaram no acumulado de 2022. No pregão de ontem, os papéis fecharam cotados a R$ 1,59, em alta de 2,58%.
Atualmente, a Dommo possui apenas uma participação de 20% no campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos.
Tanure e PRIO são os favoritos a ficar com a Dommo
Desde a confirmação de que a Prisma estava em busca de um comprador para a Dommo, o nome da PetroRio (PRIO3) surgiu entre os favoritos a levar os ativos.
Assim como a Prisma, Nelson Tanure tem como principal estratégia de negócios comprar empresas em situações complicadas, como é o caso da empresa que pertenceu a Eike Batista.
Aliás, foi o que aconteceu no caso da PRIO, que surgiu dos escombros da antiga HRT Petróleo. Em vez de descobrir novas áreas de petróleo, a companhia mudou o foco para a exploração de campos maduros.
Por fim, a Dommo e a PRIO já são bem próximas. Em 2020, as duas empresas firmaram um acordo para interligar os campos de Polvo e Tubarão Martelo. Com o negócio, a Dommo passou a receber um fluxo de caixa de 5% do volume total vendido nos campos.