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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

DISPUTA JUDICIAL

Oceanpact (OPCT3) vence batalha milionária na Justiça contra a Petrobras (PETR4); o que isso significa para as ações?

Depois de dois anos de disputa na justiça, a prestadora de serviços marinhos ganhou, por unanimidade, o processo — e a estatal terá que pagar à companhia um montante milionário

Camille Lima
Camille Lima
15 de dezembro de 2022
11:23
Oceanpact (OPCT3) vence ação contra Petrobras
Imagem: Divulgação

A noite de quarta-feira foi de vitória para a Oceanpact (OPCT3), tanto na Justiça quanto na bolsa de valores. Após se consagrar vencedora na batalha legal travada contra a Petrobras (PETR4), as ações da prestadora de serviços marinhos dispararam na B3 no último pregão. E não à toa.

Há mais de dois anos, a empresa cobra a petroleira legalmente para que arque com  o descumprimento das regras de circulação de bandeira estrangeira ligadas ao navio Up Coral — e apenas ontem a companhia ganhou a disputa. Vale destacar que a decisão ainda não é final, e a Petrobras pode entrar com novos recursos.

Os papéis OPCT3 encerraram a sessão de ontem em alta de 11,07%, negociados a R$ 2,91. Ao mesmo tempo, as ações da estatal tiveram uma derrocada na bolsa. Os papéis PETR3 caíram 9,8% ontem, enquanto as ações PETR4 desabaram 7,93%.

O movimento da empresa marinha se entendeu para o pregão de hoje, ainda que com menor intensidade. Por volta das 11h20 desta quarta-feira, as ações da Oceanpact avançavam 0,69%, a R$ 2,93. Já PETR3 e PETR4 voltaram para o campo positivo, com valorização de 2,68% e 2,75%, respectivamente, a R$ 24,94 e R$ 22,06.

Apesar da boa reação à vitória na Justiça, os papéis da Oceanpact seguem muito abaixo da “linha d'água”. Desde o IPO, em fevereiro de 2021, a empresa perdeu 73,7% de valor de mercado na B3.

A briga entre a Oceanpact (OPCT3) e a Petrobras (PETR4)

A disputa entre a Oceanpact e a Petrobras começou em 2017, quando a estatal contratou por licitação o aluguel da embarcação de suporte PSV — normalmente usada para conectar plataformas a sistemas de produção de petróleo —, com prazo de vigência de seis anos, que poderiam ser estendidos por mais seis anos.

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Então, cabia à petroleira pagar as taxas diárias do afretamento do navio e conseguir as licenças com o órgão responsável, que duravam 12 meses, e renová-las após o vencimento.

Porém, depois do período de um ano, a Petrobras não renovou a licença por “impossibilidade” e deu por encerrados os contratos — apesar de a embarcação estar disponível para uso, de acordo com a Oceanpact.

Sentença milionária para a Petrobras

Depois de dois anos de disputa legal, foi somente ontem que a Oceanpact venceu, por unanimidade, o processo na Justiça.

O juiz considerou que a Petrobras rescindiu o contrato de forma indevida, e a estatal será condenada a pagar à companhia um montante milionário.

A princípio, a sentença não estipulou os valores que a Petrobras deverá pagar à companhia, apenas detalhou o que será cobrado e como o montante será corrigido.

Segundo a ação judicial, a soma inclui:

  • O valor de 93 taxas diárias, que foi o período em que a embarcação permaneceu disponível, armada e tripulada, mas sem pagar à empresa; 
  • A quantia de diárias referentes ao afretamento da embarcação Up Coral UP desde 11 de junho de 2018 até o fim do contrato, em 03 de agosto de 2021;
  • O montante de 45 diárias, correspondentes ao período de aviso prévio.

Os valores ainda serão corrigidos pelo INPC e juros de 1% ao mês, contando da data de vencimento de cada pagamento mensal.

Caberá ainda à estatal arcar com as custas do processo e dos honorários advocatícios, que serão equivalentes a 10% do valor final da condenação.

A definição da bolada deverá acontecer nas próximas etapas do processo, que ainda está sujeito a recursos da petroleira.

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O que dizem os analistas

Porém, segundo informações do InfoMoney e do Bradesco BBI, os valores devem chegar a cerca de R$ 400 milhões, equivalente a 68% do valor de mercado da empresa de serviços marinhos nesta quinta-feira.

Na visão do banco, a vitória legal da Oceanpact pode gerar um acréscimo de R$ 2 por ação para a companhia.

“Se a Oceanpact vencer até o último estágio de apelação, isso seria uma boa notícia para a empresa”, disse a casa, em relatório.

“Acreditamos que a Oceanpact poderia usar os recursos de caixa para gestão de passivos, já que as taxas de CDI nos níveis atuais de dívida estão consumindo praticamente todo o fluxo de caixa da empresa após os investimentos.”

Na hipótese de a Petrobras aceitar a decisão judicial e não entrar com recurso, o Bradesco projeta que a petroleira seja capaz de gerar fluxo de caixa já no segundo semestre do ano que vem, caso use todos os recursos para pagar as dívidas.

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