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A era dos supersônicos vai voltar? American Airlines encomenda 20 jatos que poderão voar a mais de 2 mil km/h

American Airlines encomenda 20 jatos supersônicos Overture, da Boom Supersonic,

American Airlines encomenda 20 jatos supersônicos Overture, da Boom Supersonic,

Não é de se espantar que as grandes bilheterias dos cinemas influenciem o mundo real. Quando o filme Top Gun foi lançado, a Marinha americana viu o número de alistamentos disparar 500% no ano seguinte. Agora com o sucesso da continuação, Top Gun: Maverick, um antigo sonho voltou a chamar atenção — e, segundo os planos da American Airlines, ele logo pode se tornar realidade: os jatos supersônicos.

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Depois de demonstrar interesse décadas atrás pelas viagens ultrarrápidas, a companhia aérea fez um pedido de até 20 aeronaves supersônicas Overture da Boom Supersonic, com opção de adquirir mais 40 jatos adicionais. 

O valor do negócio não foi divulgado, mas a American afirmou que o depósito da encomenda das 20 naves iniciais não era reembolsável.

“Olhando para o futuro, as viagens supersônicas serão uma parte importante de nossa capacidade de atender nossos clientes. Estamos empolgados com a forma como a Boom moldará o futuro das viagens, tanto para nossa empresa quanto para nossos clientes”, disse Derek Kerr, diretor financeiro da companhia.

A empresa é a segunda grande companhia aérea dos Estados Unidos a retomar o sonho de viagens aéreas ultrarrápidas nos últimos dois anos.

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No ano passado, a United Airlines também encomendou 15 aeronaves da Boom Supersonic por US$ 3 bilhões, com opção de mais 35 unidades.

Os jatos supersônicos da American Airlines

Segundo a American Airlines, o jato Overture é projetado para transportar de 65 a 80 passageiros, em uma velocidade maior que a do som, chamada de Mach 1.

O projeto da nave supersônica espera que ela viaje a Mach 1,7 — isto é,  em uma velocidade de aproximadamente 2,1 mil quilômetros por hora.

“Espera-se que o Overture transporte passageiros em uma velocidade duas vezes maior que a das aeronaves comerciais mais rápidas de hoje”, disse a empresa, em nota.

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O Overture da Boom Supersonic está programado para ser lançado em 2025. Já o transporte dos primeiros passageiros da nave deve acontecer até 2029.

Vale destacar que a operação ainda está sujeita a certas condições estipuladas em contrato.

Uma das determinações é o cumprimento, por parte da Boom, dos requisitos de operação, desempenho e segurança padrão do setor.

Viagens ultrarrápidas pelo mundo

A aeronave da Boom Supersonic ainda deve ser capaz de realizar mais de 600 viagens pelo mundo inteiro em metade do tempo.

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“Voar de Miami a Londres em pouco menos de cinco horas e de Los Angeles a Honolulu em três horas estão entre as muitas possibilidades”, afirmou a companhia.

A própria American Airlines acredita que o novo jato da Boom deve introduzir uma importante vantagem para a frota da companhia aérea, que é a “mais simples, jovem e eficiente entre as operadoras de rede dos Estados Unidos”.

“Acreditamos que a Overture pode ajudar a American a aprofundar sua vantagem competitiva em rede, fidelidade e preferência geral de companhias aéreas por meio dos benefícios de reduzir os tempos de viagem pela metade”, disse Blake Scholl, fundador e CEO da Boom.

Uma pausa nas viagens supersônicas

É importante lembrar que as viagens aéreas supersônicas comerciais estão relativamente paradas desde o começo dos anos 2000, quando o mercado se decepcionou com o Concorde.

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Na década de 1960, agências americanas, inglesas, francesas e até mesmo soviéticas queriam desenvolver uma aeronave supersônica para transportar passageiros.

Cada um dos países estava trabalhando no próprio projeto de jato supersônico. Porém, os custos eram elevados, e a Inglaterra e França decidiram unir forças na década seguinte para criar, em conjunto, uma nave desse tipo.

Esse acordo deu início à fabricação do modelo europeu Concorde, que inicialmente contou com pedidos das principais companhias aéreas do mundo.

Isso incluiu encomendas da Air France, Pan Am e BOAC. Outras empresas como a Japan Airlines e a American Airlines também demonstraram interesse pelo projeto.

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Um voo de Nova York para Londres, que normalmente duraria em média sete horas, levou apenas três horas e meia com o jato supersônico Concorde.

Porém, após acidentes e gigantescos custos de manutenção e preços do petróleo, além de uma enorme poluição sonora e ambiental, a aeronave faliu em 2003.

Agora, com o interesse cada vez maior de investidores ricos por jatos particulares mais rápidos, companhias aéreas estão retomando os planos das viagens supersônicas.

*Com informações de The Verge e The Washington Post

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