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Qualquer que seja o resultado da eleição, a equipe econômica vai restabelecer a âncora fiscal, diz CEO do BTG Pactual

Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual

Para o executivo do BTG, o governo está insistindo em atacar o problema errado: em vez de cortar gastos, mira no aumento de receitas e na alta de impostos - Foto: Divulgação Febraban Tech

O resultado da eleição de outubro não preocupa os maiores banqueiros do país. Pelo menos foi o que alguns deles disseram durante o Febraban Tech 2022, que aconteceu nesta semana em São Paulo.

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De acordo com Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, qualquer que seja o resultado das eleições, a nova equipe econômica terá de restabelecer a âncora fiscal no Brasil, de modo a apoiar as expectativas de inflação com o fim do aperto monetário.

“Isso vai levar a um 2023 que pode surpreender todo mundo”, afirmou Sallouti durante painel com CEOs do Itaú, Santander e Banco Alfa.

O executivo também disse, dirigindo-se à plateia, que “pouco importa se você é de esquerda ou de direita.”

“O Brasil é um só e, o país dando certo, vai ser melhor para os nossos negócios”, disse.

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Milton Maluhy, do Itaú Unibanco, fez coro à análise de Sallouti e aconselhou a não se deixar levar por polarização.

“A cada quatro anos tem eleição, esse que a gente conhece há muito tempo. Ano que vem, estaremos aqui no evento da Febraban novamente falando sobre o futuro, sobre inovação, torcendo e fazendo o possível para o Brasil dar certo”, disse.

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Digitalização dos bancos

Tema do evento da Febraban, os avanços tecnológicos e digitais nortearam também o pronunciamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Ele fez uma apresentação contabilizando os avanços da sua gestão em relação ao Pix e ao Open Finance, deixando espaço, ainda, para falar sobre inovações futuras, como o Real digital.

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Os testes com a moeda começarão em setembro, com o laboratório do Real digital — a previsão é de duração de quatro meses.

Ao final dessa etapa, o banco central espera ter produtos maduros e poder iniciar os testes com a sua CBDC (sigla em inglês para moeda digital do banco central).

“Vários bancos centrais estão em estágios avançados em relação a tecnologias, mas o Brasil está na fronteira da evolução. Nosso modelo está mais integrado e avançado”, disse Campos Neto.

O presidente do BC não tocou no tema eleição.

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