Desde que foi invadida pela Rússia há mais de 100 dias, a Ucrânia está tentando entrar na União Europeia, num esforço de salvar-se dos ataques intensos de Vladimir Putin — a guerra resultou, inclusive, em pedidos de adesão dos ucranianos à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Porém, nesta sexta-feira (17), o presidente do país, Volodymyr Zelensky, acordou com uma notícia animadora para as suas pretensões: sua estreia no grupo europeu pode estar mais próxima do que ele imaginava.
Em um passo importante, a Comissão Europeia, órgão que representa os interesses da UE, anunciou parecer positivo para que a Ucrânia se torne candidata à adesão ao bloco de países.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a Ucrânia deve ser bem-vinda como país candidato e que enxerga os esforços do governo local em realizar uma série de reformas importantes por conta da guerra.
“A Ucrânia merece a perspectiva europeia e deve ser bem-vinda como país candidato”, anunciou von der Leyen, em entrevista coletiva.
Passo importante de uma longa caminhada
O parecer da comissão antecede as discussões de alto nível em Bruxelas, na Bélgica, sobre a possível entrada do país na União. Apesar do apoio do órgão, a Ucrânia ainda tem um longo caminho a percorrer até a entrada no bloco europeu.
Isso porque a aprovação da adesão de Kyiv pelos demais membros pode levar anos, uma vez que o país de Volodymyr Zelensky ainda deverá implementar novas reformas — tanto econômicas quanto políticas — para se adequar às regras da União Europeia.
Ontem, três líderes europeus demonstraram apoio à entrada da nação no bloco europeu. O presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, visitaram a capital ucraniana Kiev para discutir o futuro do país.
“Tenho uma mensagem clara: a Ucrânia pertence à família europeia”, disse Olaf Scholz.
Não é só a Ucrânia que quer fazer parte da União Europeia
Além da Ucrânia, outras nações também estão tentando entrar para a União Europeia. A ex-república soviética Moldávia, um país sem litoral localizado na fronteira ocidental da Ucrânia, é uma delas, assim como a Geórgia.
No caso da Moldávia, o país está mais perto de conseguir o parecer positivo da Comissão Europeia que a Geórgia, que precisa atender a certas condições antes, e deve obter o sinal favorável do órgão já nesta sexta-feira.
*Com informações de CNBC