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Fintwit sob investigação: CVM aumenta fiscalização sobre influenciadores de investimentos nas redes sociais

Celular com a tela de inicialização do aplicativo do Twitter (TWTR34)

A internet pode até ser chamada de “terra sem lei”, mas a xerife do mercado de capitais brasileiro está de olho e preparada para regularizar o universo digital. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) indicou que vai intensificar a fiscalização das redes sociais e de influenciadores de investimentos no Twitter.

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Batizada de Fintwit, a comunidade do mercado financeiro no Twitter cresceu significativamente nos últimos anos — e não apenas em número de integrantes, como também em influencers de investimentos. 

Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a Fintwit hoje possui pelo menos 266 influenciadores, que somam uma base de cerca de 74 milhões de seguidores.

CVM vai investigar a Fintwit, do Twitter

Com um aumento intenso de postagens de dicas relativas a investimentos na bolsa de valores no Twitter, a CVM decidiu abrir uma investigação acerca do universo da Fintwit.

Desde quarta-feira (31), os participantes da comunidade entraram em alerta devido às novas movimentações da Comissão de Valores Mobiliários.

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Isso porque dezenas de usuários da Fintwit receberam um comunicado do Twitter informando que a CVM solicitou dados dos donos das contas para realizar uma investigação.

Alguns influenciadores chegaram a questionar se o pedido feito pela autarquia à rede social seria verdadeiro, uma vez que incluía dados como CPF e endereço. Porém, logo a xerife do mercado financeiro confirmou a veracidade da solicitação.

Segundo a CVM, a medida faz parte de um "trabalho de supervisão temática, no âmbito do Plano de Supervisão Baseada em Risco (SBR), da Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), envolvendo atuação de influenciadores digitais nos mercados regulamentados pela autarquia”.

Leia também:

Uma caça aos influencers de investimentos do Twitter?

O pedido da Comissão à empresa de mídia social faz parte de um conjunto de ações tomadas pela autarquia para apertar a fiscalização nas redes, disse uma fonte familiarizada com o assunto ao Estadão.

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Segundo o jornal, a xerife do mercado de capitais não está instaurando uma “cruzada” ou caça às bruxas contra os influenciadores. 

O objetivo da investigação seria atuar nas áreas da Fintwit em que possa haver problemas e tornar o ambiente seguro a investidores que buscam informações no Twitter.

Um plano antigo da CVM

Não é novidade que a Comissão de Valores Mobiliários estava preocupada com a questão e que trataria a fiscalização da Fintwit como prioritária.

O ex-presidente da CVM, Marcelo Barbosa — que deixou a autarquia em julho, após cinco anos de atuação —, já vinha indicando os planos de supervisionamento da comunidade no Twitter. 

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Segundo Barbosa, ao mesmo tempo em que o trabalho dos influenciadores de investimento é importante, traz riscos aos investidores.

Isso porque existem usuários na comunidade que dão conselhos de investimento sem serem analistas certificados, ou até mesmo utilizam as redes sociais para manipular o mercado de capitais.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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