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CEO do JP Morgan leva cartão vermelho de acionistas e pode ficar sem bônus milionário; entenda a decisão rara

James Dimon, CEO do JP Morgan

James Dimon, CEO do JP Morgan

O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, recebeu um cartão vermelho dos acionistas nesta terça-feira (17) e pode ficar sem um bônus milionário. 

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Apenas 31% dos investidores que participaram da reunião anual de acionistas do banco apoiaram o prêmio de US$ 52,6 milhões que fazia parte do pacote de remuneração de Dimon em 2021.

O bônus, na forma de 1,5 milhão de opções que o executivo pode exercer em 2026, foi projetado para manter o CEO e presidente do conselho no comando do JP Morgan por mais cinco anos no cargo. 

O valor estimado, atrelado ao ano passado, flutua e depende da valorização das ações do banco, segundo o porta-voz do banco, Joe Evangelisti.

Ele ainda pode embolsar os milhões

Embora os resultados da chamada votação “diga sobre pagamento” não sejam vinculativos, o conselho do JP Morgan disse que leva o feedback dos investidores “a sério” e pretendia que o bônus de Dimon fosse um evento único, acrescentou.

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Foi a primeira vez que o conselho do JP Morgan sofreu um voto negativo na compensação desde que as medidas foram introduzidas há mais de uma década. Dimon, 66, lidera o JP Morgan desde 2006, ajudando a guiá-lo por várias crises e transformando-o no maior banco dos EUA em ativos.

No início do mês, empresas de consultoria recomendaram que os acionistas rejeitassem o pacote salarial do CEO do JP Morgan. Incluindo o bônus de retenção, o salário do executivo no ano passado foi avaliado em US$ 84,4 milhões.

As empresas de consultoria também aconselharam que os acionistas rejeitassem a remuneração do CEO David Solomon, que lidera o rival Goldman Sachs e recebeu um bônus de US$ 30 milhões em outubro. 

Nesse caso, porém, cerca de 82% dos acionistas do Goldman votaram a favor da administração.

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Diretores do JP Morgan apoiaram o pagamento

As altas remunerações em bônus não são uma novidade no mercado financeiro. A ideia é manter os executivos de alta performance e evitar que eles sejam atraídos pela concorrência.

Embora as consultorias tenham recomendado o não pagamento de bônus, os diretores do JP Morgan haviam afirmado antes da votação que o prêmio extra a Dimon “refletia o desejo do conselho de que ele continue liderando a empresa por mais anos”. 

Além disso, destacaram o desempenho do executivo “em meio a um cenário altamente competitivo por talentos de alta liderança”.

“O prêmio especial foi extremamente raro – o primeiro em mais de uma década para o Sr. Dimon – e refletiu liderança exemplar e incentivo adicional para uma transição de liderança bem-sucedida”, disse o porta-voz do JP Morgan.

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*Com informações da CNBC

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