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Servidores do Banco Central devem intensificar greve nas próximas semanas após falta de acordo com governo; Pix pode ficar fora do ar ‘parcialmente’

Banco Central Pix

Em poucos meses, PIX transformou-se em um dos principais meios de pagamento no Brasil

A greve dos servidores do Banco Central (BC) continuará por tempo indeterminado, como afirmou o presidente do sindicato da categoria, Fabio Faiad. Segundo ele, o governo não apresentou qualquer proposta oficial para a reestruturação da carreira e aumento dos salários na reunião desta terça-feira (05).

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Como consequência, a greve deve ser intensificada e pode interromper parcialmente o funcionamento do Pix, bem como a distribuição de moedas e cédulas para as instituições financeiras.

O que querem os servidores do Banco Central

A reunião foi feita com o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, Leonardo Sultani, e representantes da categoria. 

Os servidores cobram um reajuste de 26,3% e a reestruturação da carreira. No entanto, de acordo com dados do BC, uma parte significativa dos funcionários recebem salários a partir dos R$ 7 mil, podendo chegar a R$ 35 mil.

Histórico das paralisações do BC

Dos quase 1,6 mil servidores que participaram da deliberação, 82% votaram pela paralisação total das atividades a partir de 1º de abril.

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Em 17 de março, a categoria começou a fazer paralisações de quatro horas e iniciou a greve por tempo indeterminado na última sexta-feira, 1º de abril. "Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve", disse Faiad.

Segundo o Sinal, 60% dos servidores do BC estão em greve e 725 dos que têm função comissionada entregaram os cargos. As exonerações, entretanto, ainda não foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), segundo o sindicato, porque a diretoria do BC tenta "segurar" o movimento.

Pix ameaçado pela greve do Banco Central

"O Pix e outras atividades do BC não se encontram dentro do escopo da lei dos serviços essenciais. Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o Pix e a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro e da mesa de operações, o atendimento ao público e outras atividades", disse Faiad.

Pix em números

De acordo com o próprio site de dados abertos do Banco Central, são realizadas mais de 40 milhões transações diárias com o Pix, uma média de R$ 49 milhões negociados diariamente. 

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Nos dias úteis, o valor médio gira em torno dos R$ 600, enquanto nos finais de semana é de R$ 150. 

O Banco Central afirmou, por meio de uma nota enviada ao mercado, que tem planos de contingência para evitar instabilidades no Pix, mas não deu maiores detalhes sobre o tema.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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