A comparação do universo das criptomoedas com o início da internet no final dos anos 1990 não é de hoje. Até porque os dois momentos carregam muitas semelhanças. Além da alta volatilidade, os ativos digitais já conseguiram ultrapassar os momentos mais tensos — mas a cautela deve permanecer.
“Se compararmos [as criptomoedas] com o período do surgimento da internet, nós estamos em 2005, ou seja, depois da bolha das [empresas] ‘pontocom’”. É o que afirma o analista e especialista em criptomoedas da Empiricus, Vinícius Bazan.
Em entrevista ao Papo Cripto, o programa sobre criptomoedas do YouTube do Seu Dinheiro, Bazan acredita que o mesmo período da “bolha da internet”, que vai de 1995 até 2000, já aconteceu para os ativos digitais.
Ele lembra que em 2017 houve um boom de ICOs, o equivalente à oferta inicial de ações (IPO, em inglês) para as criptomoedas. Nesse período, diversas moedas surgiram e morreram — assim como as empresas de tecnologia nos anos 2000.
Assista à íntegra da conversa logo abaixo:
Criptomoedas animadoras
Para o analista da Empiricus, existem criptomoedas que têm um potencial de dispararem muito mais do que o bitcoin (BTC) ou o ethereum (ETH).
As chamadas microcoins são destaque nos relatórios de Bazan. Elas chamam a atenção pelas altas dos últimos anos, como foi o caso da Solana (SOL) no início do ano, que subiu mais de 11.000% em 2021 ou da Helium (HNT), que ele afirma ser a aposta “com potencial de 50.000%”, segundo uma das publicações.
Entretanto, as apostas de Vinícius Bazan permanecem em uma classe de ativos ainda pouco explorada: os jogos do tipo play-to-earn (“jogar para ganhar”, em inglês).
O maior expoente desses games é o Axie Infinity (AXS), que dominou os mercados no último ano. Mas o ambiente de jogos é muito amplo e existe ainda muito espaço para esse setor crescer, segundo o analista.
Ele destaca em especial os games ligados ao mercado de NFT — non fungible token, na sigla em inglês. A grande sacada do NFT é permitir ao jogador ter a propriedade dos itens que fazem parte do game, o que não acontece nos jogos tradicionais.
“A tese de jogos como um todo já se provou há muito tempo, o setor de games é de um de maior receita do mundo.”
Assista à entrevista completa com Vinícius Bazan, especialista em criptomoedas da Empiricus, o convidado do Papo Cripto #012. Ele ainda comenta a regulação de cripto, stablecoins e mais destaques do mercado de ativos digitais: