A atualização mais aguardada do ano já começou a ser estabelecida na rede do ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mundo. Com isso, o The Merge torna-se o principal evento do ano para o mercado de moedas digitais — e um marco desse universo.
Nesta terça-feira (06) a atualização Bellatrix foi estabelecida com sucesso na rede e deve servir de base para a fusão completa da blockchain, no dia 15 de setembro.
Entretanto, existem uma série de dúvidas em torno do que acontecerá com a criptomoeda, como se a atualização é segura neste momento — e, é claro, se ela será benéfica para os investidores de modo geral.
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Confira a seguir sete pontos para entender a atualização do ethereum The Merge:
1 — O que é o The Merge
O The Merge (ou “A Fusão”, na tradução do inglês) altera o sistema de validação da rede (blockchain) do ethereum.
Ela trará uma maior eficiência energética, com a migração do sistema de proof-of-work (PoW, ou “prova de trabalho”) para proof-of-stake (PoS, ou “prova de participação”). As taxas de transação também serão mais baixas e a velocidade de transação também deve crescer.
Ainda que você já tenha lido que os desenvolvedores “desmentiram” algumas dessas informações, essas serão as principais mudanças sentidas pelo usuário final.
2 - Qual é o calendário de atualização do The Merge?
A primeira parte da atualização acaba de acontecer. Já a segunda parte, a “Paris”, será o marco inicial do The Merge com a explosão da bomba de dificuldade — que já havia “estourado” na zona de testes da rede, a testnet.
Dessa forma, será praticamente impossível minerar a criptomoeda pelo método PoW. O gatilho para essa bomba de dificuldade está marcado para algum ponto entre os dias 15 e 17 de setembro — ou seja, entre quinta-feira e sábado da semana que vem.
Para os aficionados por números, a bomba de dificuldade irá cruzar a medida de 50 quatrilhões de pontos — ou 50.000.000.000.000.000, para os curiosos — tornando impossível qualquer tipo de mineração na rede.
3 - O que acontecerá com os preços após o The Merge?
Em linhas gerais, existe uma grande expectativa dos analistas para os preços do ethereum, ainda que a atualização em si não deva trazer uma disparada das cotações.
Isso porque trata-se de uma atualização técnica e da rede do ethereum. Porém, o The Merge permitirá a criação de novos e melhores projetos em cima da blockchain do éter.
Dessa forma, o crescimento da rede deve trazer mais recursos para essa blockchain e, consequentemente, a procura pelo token ETH deve crescer, o que trará reflexos às cotações.
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Nas últimas semanas, a criptomoeda ETH vem buscando novos patamares de preço, apesar do cenário nada favorável. Ainda existem alguns analistas que entendem que a atualização já está precificada, mas não há um consenso sobre isso.
4 - O fork da rede irá acontecer?
Um dos rumores que surgiu antes da atualização do ethereum diz respeito ao fork (divisão) da rede. Alguns desenvolvedores não ficaram contentes com a migração do sistema PoW para PoS e fizeram a proposta para os usuários.
A blockchain seria dividida em duas, criando uma criptomoeda para cada uma. Assim, seria possível continuar minerando ETH com os métodos PoW e PoS em redes diferentes.
Entretanto, a proposta não vingou. Diversas plataformas anunciaram que não iriam listar uma rede que fizesse a mineração pelo método PoW, o que frustrou os desenvolvedores e jogou a pá de cal na proposta.
Uma divisão parecida já aconteceu com a rede do ethereum e criou o ethereum classic (ETC), uma criptomoeda que voltou a despertar o interesse do mercado durante o The Merge.Esse “novo ethereum” teria o token ETHPOW, mas diversas plataformas e exchanges já afirmaram que não devem aderir a qualquer nova criptomoeda que use o PoW devido aos impactos ambientais desse mecanismo. Leia mais sobre ele aqui.
5 - O que acontece após o The Merge para o investidor?
Se você investe na criptomoeda ethereum (ETH), não precisa se preocupar. Dificilmente o usuário final sem muita relação com o desenvolvimento de projetos irá sentir alguma diferença — a não ser, é claro, a movimentação nas cotações.
Já para os desenvolvedores e criadores de projetos e DApps (decentralized applications) será preciso atualizar os softwares para continuar operando na rede após o The Merge. Você pode conferir como fazer a atualização no próprio portal da Ethereum Foundation.
6 - O ethereum irá superar o bitcoin (BTC) após a atualização?
A pergunta que aparece com a nova atualização do ethereum é inevitável: o éter irá superar o bitcoin?
Mas a resposta nem sempre é simples. Em primeiro lugar, superar o preço do bitcoin pode ser uma tarefa nada simples — tendo em vista que a maior criptomoeda do mundo é um dos tokens mais caros e o ethereum precisaria multiplicar as cotações mais de 15 vezes.
No mercado cripto, porém, isso não é impossível, apesar de ser pouco provável.
Outro ponto de vista
Já no quesito projeto, é preciso não comparar bananas com laranjas.
O bitcoin foi a primeira das criptomoedas e é considerado o ouro digital — por isso, alguns analistas tratam o BTC mais como uma commodity do que como moeda.
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O protocolo ethereum é uma chamada blockchain de primeira camada (layer 1 ou L1), no qual projetos se desenvolvem a partir dela. Em outras palavras, BTC e ETH estão em nichos diferentes de mercado, não havendo como “superar” um ao outro.
7 - O que pode dar errado a partir de agora?
Existem alguns riscos — ainda que pequenos — que o investidor precisa ficar atento.
Dificilmente a blockchain do ethereum sairá do ar após a atualização, mas existe a possibilidade da rede ficar bastante lenta durante a migração do PoW para o PoS.
Além disso, os validadores da rede também podem demorar para adequarem suas máquinas aos novos softwares e sistemas, o que também pode trazer lentidão para a rede em um primeiro momento. Os ajustes devem ocorrer ao longo dos próximos dias.
Por fim, vale destacar que esse é um momento histórico para o novíssimo mercado de criptomoedas. Muitas redes já nascem com o sistema PoS e essa migração será importante para testar a capacidade da rede de desenvolvedores em criar e manter um grande projeto.