Como um dos desenvolvedores do ethereum (ETH) acabou preso por mais de 5 anos por supostamente ajudar a Coreia do Norte no uso de criptomoedas?
Virgil Griffith foi sentenciado a 5 anos e 3 meses de detenção por uma apresentação em 2019 sobre blockchain; entenda

Virgil Griffith, programador americano de 39 anos, conhecido nas redes como Romanpoet e cocriador da segunda maior criptomoeda do mundo — o ethereum (ETH) —, acaba de ser condenado por um tribunal de Manhattan por “ajudar” a Coreia do Norte com informações sobre moedas digitais e blockchain.
O caso se refere a uma apresentação feita por ele em 2019, na Pyongyang Blockchain and Cryptocurrency Conference, um encontro sobre criptomoedas na capital da Coreia do Norte.
Com isso, o juiz responsável pela sentença, Kevin Castel, o condenou a pagar uma multa de US$ 100 mil, além de 5 anos e três meses de reclusão. Castel alega que Griffith teria violado as sanções dos EUA à Coreia do Norte ao ensinar norte-coreanos a utilizarem criptomoedas.
Coreia do Norte e criptomoedas
O país situado na parte setentrional da península da Coreia é conhecido por ser o mais fechado do mundo. Tanto na economia quanto nos meios de comunicação, a nação governada há dez anos por Kim Jong-un se abriu ao mercado de criptomoedas há muito tempo.
Pelo seu caráter descentralizado e semi-anônimo, o país conseguiria driblar algumas sanções econômicas internacionais utilizando moedas virtuais. Até mesmo alguns norte-coreanos conseguem escapar da fiscalização do governo utilizando criptomoedas.
Dessa maneira, Griffith foi acusado de violar as sanções contra a Coreia do Norte, impostas pelos Estados Unidos desde 2006, quando o país começou a fazer testes com armas nucleares.
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Histórico do cofundador do ethereum
O desenvolvedor estadunidense formado no Massachussets Institute of Technology (MIT) havia sido preso em novembro de 2019 pelo mesmo caso. Durante sua prisão, foi declarado que:
“Apesar dos diversos avisos para não ir, Griffith supostamente viajou para um dos principais adversários dos EUA, a Coreia do Norte, onde ensinou seu público a usar a tecnologia blockchain para evitar sanções. Com esta denúncia, iniciamos o processo de busca de justiça por tal conduta”
Os supostos crimes de Griffith incluem traição aos interesses dos EUA e lavagem de dinheiro, além de auxílio à evasão de sanções. Em outubro do ano passado, ele se declarou culpado das acusações.
Com isso, a pena original, que poderia ser de até 78 meses (ou seis anos e meio), foi atenuada, de acordo com a Corte dos EUA.
Criptomoedas atrás das grades: faz sentido?
No documento que anuncia sua prisão, disponível no site do FBI, Virgil Griffith é acusado de:
“[...] debater sobre como a blockchain e a tecnologia das criptomoedas pode ser usada pelo República Democrática da Coreia do Norte [DPRK , em inglês] para lavagem de dinheiro e evasão de sanções e como o Partido Comunista da Coreia do Norte pode usar essas tecnologias para atingir a independência do sistema bancário internacional”.
Mas o bitcoin (BTC) já nasceu com esse ideal libertário: o white paper (uma espécie de guia do que é e o que faz essa criptomoeda) traz a ideia de que a população pode negociar com moedas sem a necessidade de um Banco Central por trás.
Portanto, as criptomoedas não estão a serviço de um ideal político nem tem ligação com governos. À época, diversas entidades vieram a público dizer que Griffith apenas defendia esse ideal, independentemente do que o governo americano diz.
Um nome de peso a favor de Griffith
Quem engrossou o coro na defesa de Griffith foi o próprio Vitalik Buterin, também cofundador do ethereum. Buterin escreveu que “ele é meu amigo. Apenas disponibilizou informações de uma rede de código aberto, não existe ‘tutorial avançado de hack’ na apresentação dele”.
Ele inclusive levantou uma petição para ajudar a pagar para retirar o amigo da cadeia na época.
O conteúdo apresentado por Virgil Griffith no evento na Coreia do Norte não ficou disponível na internet. Além de cofundador da segunda criptomoeda do mundo, ele também ajudou no desenvolvimento do WikiScanner, uma ferramenta que ajuda na de indexação da Wikipedia.
*Com informações do The Block
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