O bitcoin (BTC) pegou carona em outros ativos de riscos como as ações e entra na noite desta quarta-feira (15) em alta de mais de 3%, cotado acima de US$ 22 mil.
Esse avanço é um alívio para a maior criptomoeda do mundo, que começou o dia em queda, sem saber o que esperar da chamada Super Quarta, como é conhecido o dia no qual coincide a decisão do Federal Reserve (Fed) e do banco central brasileiro.
Na verdade, hoje tivemos uma Ultra Quarta, já que o Banco Central Europeu (BCE) resolveu dar as caras em uma reunião não planejada para sinalizar ao mercado que cuidará dos efeitos colaterais de um aperto monetário que virá em julho. Entenda melhor essa história.
Por volta de 20h30, o bitcoin subia 3,55%, cotado a US$ 22.542,45. Confira a cotação de algumas das principais criptomoedas do mundo:
| Nome | Preço | 24h % | 7d % |
|---|---|---|---|
| Bitcoin (BTC) | US$ 22.542,45 | +3,55% | -25,60% |
| Ethereum (ETH) | US$1.222,97 | +3,11% | -32,06% |
| Tether (USDT) | US$ 0,9989 | +0,01% | -0,04% |
| USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | -0,02% | +0,02% |
| BNB (BNB) | US$ 231,34 | +5,23% | -20,13% |
Bitcoin sobrevive ao Fed
A tarefa não era fácil: sobreviver a um aumento de 0,75 ponto percentual (pp) da taxa de juros nos EUA. Mas o bitcoin conseguiu.
A maior alta dos juros norte-americanos desde 1994 veio na tentativa de conter uma inflação que não dá tréguas e que está no maior patamar em 40 anos no país.
O dia tinha tudo para dar errado para os ativos mais arriscados como as ações e as criptomoedas, mas não foi o que aconteceu.
Uma frase do presidente do Fed, Jerome Powell, indicando que os juros devem subir entre 0,50 pp e 0,75 pp na próxima reunião animou os investidores.
Por que? Porque quando se espera um aumento de 1 pp diante de uma inflação implacável, saber que há um teto para a elevação traz tranquilidade.
Wall Street terminou o dia com ganhos expressivos, enquanto o bitcoin (BTC) passou a operar em alta.
Ainda tinha o Copom
Uma Super Quarta não é uma Super Quarta sem a decisão de política monetária do Brasil. O Copom elevou a taxa Selic em 0,50 pp, colocando-a em 13,25% ao ano.
O nível atingido hoje é o maior desde o fim de 2016, quando os juros estavam em 13,75% — tudo isso para conter o avanço dos preços no país.
O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 11,73% em maio, pressionado pela elevação no preço dos combustíveis, dos transportes e dos alimentos, entre outros fatores.
Guerra na Ucrânia, reabertura econômica pós-Covid, choque de commodities — foram muitas as interferências no plano de voo do BC brasileiro.
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