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A inflação vem aí: Bitcoin (BTC) opera na casa dos US$ 19 mil sob tensão de dado nos EUA; saiba por que isso importa

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Imagem: Pexels/Shutterstock | Montagem: Cláudia Helena Loureiro

O bitcoin (BTC) entrou na noite desta terça-feira (12) operando em queda, na casa dos US$ 19 mil, no momento em que o tom de cautela impera entre os ativos de risco, entre eles as ações e as criptomoedas.

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E tudo por que a inflação vem aí. Na quarta-feira (13) pela manhã, os investidores devem acompanhar com atenção o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) de junho.

A expectativa em torno do número é saber se ele vai confirmar que a inflação, que atingiu o maior nível em 40 anos nos EUA, ainda não atingiu o pico.

Se isso acontecer, as chances das ações e das criptomoedas como o bitcoin sentirem o peso do dado é grande.

Por volta de 20h15, o bitcoin operavam em queda de 2,75%, cotado a US$ 19.406,72. Confira a cotação de algumas das principais criptomoedas do mundo:

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NomePreço24h %7d %
Bitcoin (BTC)US$ 19.406,72-2,75%-4,67%
Ethereum (ETH)US$ 1.044,61-4,83%-8,85%
Tether (USDT)US$ 0,9993+0,01%+0,02%
USD Coin (USDC)US$ 1,000,00%+0,02%
BNB (BNB)US$ 222,44-1,49%-4,39%
Fonte: coinmarketcap.com

E por que a inflação importa para o bitcoin?

O questionamento que os investidores mais se fazem é se as criptomoedas são uma tese resistente à crise — o “não” está claro, tendo em vista a queda de mais de 70% desde as máximas históricas.

O dinheiro que costumamos usar no dia a dia, emitido pelo Banco Central, tem a emissão infinita. Isso significa que não precisa existir um lastro correspondente para o papel que nós chamamos de real por aqui, por exemplo — a mesma regra se aplica ao dólar e ao euro. 

No caso do bitcoin, existe um número limitado de tokens (criptomoedas) BTC: cerca de 21 milhões.

Ou seja, em aproximadamente 119 anos, o último bitcoin da rede será descoberto pelos mineradores de cripto e não haverá mais BTCs para serem colocados em rede.

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Assim, o bitcoin pode ser considerado um ativo escasso e deflacionário devido a sua alta valorização, diferentemente das chamadas moedas fiduciárias (fiat, emitidas pelo Banco Central).

Entenda aqui:

https://youtu.be/jE-rGa6T8D0

Mas as criptomoedas de modo geral — o bitcoin inclusive — têm se comportado muito mais como ações de tecnologia do que propriamente como um mercado à parte.

Falando com sinceridade, o mercado de criptomoedas ainda não adquiriu sua própria dinâmica e acaba reagindo pelas mesmas métricas que movimentam o setor tech.

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Por isso, a inflação dos EUA tem influência — ainda que indireta — nas cotações das criptomoedas, derrubando os preços.

E tem mais!

Além de toda essa dinâmica, tem um outro fator que não pode ser ignorando: inflação fora de controle é sinônimo de aperto monetário.

O Federal Reserve (Fed) já cansou de dizer que não medirá esforços para conter o aumento dos preços nos EUA e, para isso, vem sendo agressivo no aumento da taxa de juros — a ferramenta primária de qualquer BC no controle da inflação.

Juro alto nos EUA, fuga de investidor de ativos de risco como as criptomoedas. Por isso, se o CPI de junho vier pior do que o Fed e o mercado esperavam, o bitcoin e outros ativos digitais devem enfrentar uma nova rodada de quedas.

Veja também: O bitcoin não morreu — as cinco criptomoedas para o segundo semestre

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