O metaverso mal chegou ao mundo e já deu o que falar. Em um relatório divulgado em novembro do ano passado, o maior fundo de investimento em criptomoedas do mundo, o Greyscale afirmava que o universo digital era uma oportunidade de US$ 1 trilhão.
Contudo, alguns céticos do mercado alegaram que o fundo estava advogando em causa própria, afinal alguns dos produtos dão exposição em criptomoedas do metaverso ao investidor, como o Decentraland Trust, por exemplo, que tem, na sua composição, a criptomoeda Decentraland (MANA).
Mas quem levantou a bola da vez para o metaverso foi o Goldman Sachs, que não apenas dobrou mas octuplicou a aposta: o analista Eric Sheridan afirmou que o metaverso é uma oportunidade de US$ 8 trilhões.
Metaverso e Web 3.0
“Olhamos para a economia digital hoje, que equivale a cerca de 20%, 25% da economia global. Ela deve continuar a crescer e, além disso, vemos uma economia que crescerá dentro e com essa economia digital", explicou o analista sobre a previsão do banco sobre o metaverso em um episódio recente do programa “Exchanges at Goldman Sachs”, intitulado “Entendendo o metaverso e a web 3.0”.
Para ele, as previsões mais otimistas dão conta de um valor potencial de até US$ 12 trilhões.
A bem da verdade, é difícil estipular o quanto o metaverso pode crescer, ainda mais no contexto da Web 3.0, a próxima geração da internet.
Isso porque o universo está atrelado ao mercado de criptomoedas, que possuem um potencial de ganhos exponenciais, além de criarem inúmeras possibilidades, tendo em vista que é um mundo extremamente recente.
O que é cada um
Para você não confundir o que é metaverso com a Web 3.0, aqui vai um pequeno resumo:
Metaverso
O metaverso nada mais é do que um universo digital expandido, um conceito que engloba aspectos sociais, culturais e econômicos.
Dentro de uma mesma plataforma, é possível realizar uma série de atividades, como encontrar os amigos, ver shows, comprar arte, jogar e muitas outras coisas que são possíveis no mundo real utilizando um personagem (avatar) customizado.
Web 3.0
A primeira geração da internet era basicamente uma fonte de consulta, sem interação do usuário. Já a segunda fase da web (onde surgiram as redes sociais) focou na experiência do usuário.
“Na web 3.0 o usuário pode manter seu conteúdo em uma blockchain e escolher postar ou não. No futuro, a plataforma pode até te pagar para você fazer uma postagem”, afirma Rodrigo Zobaran, analista de pesquisas quantitativas da Kinea.
A gestora com R$ 56,5 bilhões sob gestão acredita que o ethereum (ETH), e não o bitcoin (BTC), será fundamental para a criação de um universo da web 3.0.