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Ibovespa acelera ganhos puxado por commodities, mas Petrobras (PETR4) destoa; juros futuros passam por ajuste após Copom

Petrobras (PETR4) bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro mirando a Petrobras

A decisão de política monetária do Federal Reserve foi digerida na tarde de ontem, com os mercados ainda abertos, então a quinta-feira (17) começa com a nova elevação da Selic como foco central do Ibovespa. 

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Na noite de ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, elevando a Selic ao patamar de 11,75%. No comunicado, o BC deu indícios de que o fim do ajuste deve ocorrer em breve, com uma nova alta de 1 p.p contratada para a próxima reunião.

O Copom também elevou as projeções de inflação para 7,1% em 2022, bem acima do centro da meta, com a perspectiva de ancorar as estimativas no longo prazo. O maior impacto do longo comunicado divulgado ontem está na curva de juros. Crescem as apostas de que o Banco Central pode finalizar a elevação da Selic já na próxima reunião.

O dia tem sido de volatilidade entre os principais vencimentos, com queda na ponta mais curta e avanço nos mais longos. 

CÓDIGONOMEVALORFEC 
DI1F23DI jan/2312,94%13,08%
DI1F25DI Jan/2512,33%12,39%
DI1F26DI Jan/2612,17%12,19%
DI1F27DI Jan/2712,19%12,17%

Em mais um dia de forte alta para o petróleo no mercado internacional, com o fracasso da nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, as bolsas americanas operam em torno da estabilidade. O Ibovespa tem mais fôlego e sobe 1,59%, aos 112.296 pontos, por volta das 15h20, com o fôlego das commodities, mas o efeito é limitado pelo desempenho das ações da Petrobras após novos ruídos políticos atingirem a estatal. O dólar à vista recua 1,06%, a R$ 5,0393.

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Dando um passo além 

Depois de mostrar avanço na negociação de um termo de paz que aborda 15 itens, Rússia e Ucrânia parecem ter chegado a um impasse. O governo de Vladimir Putin pede que o país vizinho renuncie ao desejo de entrar para para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e que recuse o auxílio militar estrangeiro. 

Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, não está seguro quanto às garantias propostas pelos russos e teme que uma nova invasão possa ocorrer mesmo após o acordo. Sem poder contar com o apoio da Otan, Zelensky tenta garantir que os países do leste europeu se comprometam a proteger a Ucrânia em caso de nova invasão. 

Além da falta de acordo entre as duas partes diretamente envolvidas no conflito, o presidente americano Joe Biden elevou o tom e chamou Putin de “criminoso de guerra” ao falar sobre os ataques a alvos civis. 

A tensão no leste europeu pressiona mais uma vez o preço do barril de petróleo. Por volta das 11h40, o Brent – utilizado como referência global – avançava 8%, a US$ 106,41. 

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... Mas Petrobras não acompanha

Falas do presidente Jair Bolsonaro voltam a pesar sobre as ações da Petrobras. Na tarde de ontem, o presidente admitiu que soube do último reajuste proposto pela companhia antes do anúncio e pediu para que a estatal atrasasse em um dia a medida, dando tempo para que os projetos que visam estabelecer um subsídio para a compra de combustíveis fosse aprovado no Congresso. 

Embora o pedido não tenha sido aceito, a situação causou desconforto, com o presidente afirmando que a recusa foi um crime contra a população. Além disso, Bolsonaro afirmou que "existe uma possibilidade" de que o general Joaquim Silva e Luna seja substituído no comando da Petrobras, aumentando o temor de que o governo trabalhe para que a estatal esteja por trás da absorção do custo da elevação do preço do barril de petróleo. 

Vale lembrar que a entrada do próprio Silva e Luna foi cercada de incertezas, mas o general se mostrou resistente ao não mexer na política de preços da companhia

Sobe e desce do Ibovespa

Com a alta do petróleo e do minério de ferro e perspectivas favoráveis de que o governo chinês deve voltar a estimular o setor de infraestrutura do país. A única exceção fica por conta da Petrobras. Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEULTVAR
PRIO3PetroRio ONR$ 24,736,78%
CSNA3CSN ONR$ 25,255,65%
RRRP33R Petroleum ONR$ 35,675,04%
USIM5Usiminas PNAR$ 14,344,98%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,774,53%

Pelo segundo dia consecutivo, as ações da Yduqs lideram as perdas, ainda repercutindo o balanço fraco do quarto trimestre. O setor aéreo também cede com a nova disparada do petróleo. Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
YDUQ3Yduqs ONR$ 15,27-6,89%
AZUL4Azul PNR$ 20,54-4,55%
QUAL3Qualicorp ONR$ 14,77-4,22%
FLRY3Fleury ONR$ 16,56-4,11%
MRVE3MRV ONR$ 10,20-4,05%
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