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Em dia de ajuste pós-Fed, Ibovespa fecha em alta de mais de 1% e testa os 113 mil pontos; dólar cai

Volatilidade bolsa ibovespa

Após o discurso duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na tarde de ontem, o que desencadeou uma forte queda nas bolsas americanas, hoje foi dia de ajuste nas bolsas globais.

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O Ibovespa começou o dia novamente com uma alta substancial, ainda movido pela entrada de recursos estrangeiros na bolsa brasileira, aproveitando-se dos descontos nas ações e dos preços elevados das commodities.

As bolsas americanas abriram em alta, e as europeias, embora já estivessem fechadas quando foi divulgada a decisão de juros do Fed ontem, tiveram hoje novamente um dia de ganhos. O índice Stoxx 600, que reúne as principais empresas do continente, terminou a sessão com ganho de 0,65%.

Mas no início da tarde, o clima lá fora virou, e os índices de Wall Street perderam força, até finalmente virarem para o negativo. Embora tenham tentado sustentar alguma alta, fecharam em queda, com o Dow Jones caindo 0,02%, o S&P 500 recuando 0,54%, e o Nasdaq em baixa de 1,40%.

Assim, o Ibovespa, que chegou a subir mais de 1,5% mais cedo, superando os 113 mil pontos, também desacelerou as altas, e chegou até a perder os 112 mil pontos, no pior momento do dia. No fechamento, porém, o principal índice da B3 já havia conseguido recuperar parte do terreno perdido, e terminou a sessão em alta de 1,19%, aos 112.611 pontos.

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Já o dólar à vista ficou no negativo durante todo o dia, tendo chegado a cair mais de 1% e bater os R$ 5,35 na mínima. Porém, desacelerou as quedas na parte da tarde, fechando em baixa de 0,32% ante o real, a R$ 5,4238, mesmo com as perspectivas de alta nos juros em breve nos Estados Unidos.

Os juros futuros, por sua vez, começaram o dia mistos, mas acabaram fechando em alta, ainda na esteira da postura mais hawkish (dura contra a inflação) do Fed ontem. Veja o fechamento dos principais vencimentos:

A força da economia americana

Na manhã desta quinta foram divulgados alguns dados econômicos importantes nos Estados Unidos. A primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou que a economia americana cresceu 5,7% em 2021.

No quarto trimestre, o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 6,9%, bem acima da estimativa de 5,5% dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

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A inflação anualizada medida pelo PCE, índice de preços ao consumidor usado como referência pelo Fed, foi de 6,5% no quarto trimestre. Já o núcleo do indicador, que desconsidera os preços de alimentos e energia, cresceu a uma taxa anualizada de 4,9% no mesmo período.

Os pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 22 de janeiro tiveram queda de 30 mil, para 260 mil, na série com ajustes sazonais. O número ficou abaixo das estimativas dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que era de 265 mil.

Os indicadores mostram que, de fato, a economia americana vem se recuperando com força, o que justifica o aperto monetário já sinalizado pelo Federal Reserve.

Ontem, Jerome Powell disse que há bastante espaço para aumentar juros sem prejudicar o mercado de trabalho, mostrando bastante preocupação com a inflação e indicando que a primeira alta das taxas já deve se dar na reunião de março.

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Essa postura deixou o mercado em alerta, uma vez que um aumento nas taxas de juros diminui a atratividade dos ativos de risco.

Sobe e desce do Ibovespa

Veja as maiores altas do Ibovespa nesta quinta:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 7,22+6,96%
BIDI11Inter unitR$ 25,72+6,28%
VIIA3Via ONR$ 4,62+6,21%
BBSE3BB Seguridade ONR$ 22,39+5,91%
CRFB3Carrefour ONR$ 16,55+5,75%

Confira também as maiores baixas:

CÓDIGOAÇÃOVALORVARIAÇÃO
GNDI3NotreDame Intermédica ONR$ 68,40-4,70%
HAPV3Hapvida ONR$ 12,12-3,43%
NTCO3Natura &Co ONR$ 22,99-3,24%
MRFG3Marfrig ONR$ 22,39-2,99%
PETZ3Petz ONR$ 17,51-2,78%
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