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Por que o dólar já caiu quase 15% frente ao real em 2022? Entenda como a queda da moeda norte-americana impulsiona a economia local

Nota de dólar queimando, simbolizando a inflação

Nota de dólar queimando

O dólar é um dos assuntos mais comentados ao longo dos dias úteis. Os investidores acompanham as cotações e usam a moeda norte-americana como termômetro da bolsa — na última sexta-feira (03), o mercado à vista fechou em queda de 0,2%, aos R$ 477

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Mas a moeda norte-americana vem enfrentando dificuldades frente ao real brasileiro: desde o começo de 2022, o dólar já registrou queda de 14,39%. Só nos últimos 30 dias, o recuo é de 2,91%, de acordo com dados do Broadcast. 

O que explica a queda do dólar?

Para entender os motivos por trás desses números, precisamos voltar alguns passos. Em 2021, a bolsa brasileira caiu cerca de 12%, o que deixou as ações de grandes empresas relativamente baratas. 

Nos primeiros meses de 2022 houve uma corrida por barganhas e companhias mais seguras, em meio aos temores de alta nos juros e incertezas com a covid-19. Entre os setores mais resilientes à crise, estão empresas do setor financeiro e as relacionadas a commodities — a especialidade do Ibovespa.

Dessa forma, houve um fluxo de investimentos estrangeiros para a economia local — portanto, mais dólares disponíveis no mercado. 

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Guerra na Ucrânia

Como se não bastassem as incertezas herdadas do ano anterior, o mundo ainda assistiu à invasão da Ucrânia pela Rússia — conflito que já ultrapassou os 100 dias.

A corrida para países “neutros” e emergentes durante a guerra beneficiou o Brasil, que é visto como uma economia mais sólida em comparação a outros países em desenvolvimento. 

Até onde vai o dólar?

Ainda que o fluxo estrangeiro da bolsa tenha sido revisado — e R$ 77,9 bilhões em dinheiro gringo desapareceram em 2021 —, a alta dos juros por aqui tornam os títulos do Tesouro mais atraentes para investidores de fora. 

Por se tratarem de rendimentos mais seguros e com retornos que podem chegar até os dois dígitos com a Selic em 12,75%, o fluxo de dinheiro de fora não deve acabar tão cedo. 

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Porém, as incertezas internacionais e locais podem colocar fim a qualquer momento na queda do dólar e fazer as cotações voltarem a subir. 

O que fazer agora?

O dólar é usado como proteção (hedge) contra a inflação, que vem crescendo no Brasil. Comprar em moeda norte-americana é uma das maneiras de proteger o poder de compra dos seus investimentos.

Em todo o caso, sempre vale a máxima do mercado: never bet against the dollar (em tradução livre, “nunca aposte contra o dólar”). 

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