Parece que a dança das cadeiras da Petrobras ainda não chegou ao fim. É o que sinalizou o presidente Jair Bolsonaro em fala a jornalistas na saída de uma Igreja em Brasília.
“Se ficar mais seis meses, eles podem ter uma política de continuísmo do que vinha acontecendo", declarou o chefe do Executivo. Segundo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o presidente deve realizar mudanças na diretoria da petroleira.
Diretoria da Petrobras é alvo de críticas do presidente
Segundo o Estadão, o governo deve indicar Iêda Cagni para presidir o conselho de administração da Petrobras, além de alterar a composição das outras cinco vagas a que tem direito na composição do conselho.
Bolsonaro se dirigiu aos jornalistas tecendo críticas contra a diretoria da estatal, e reclamou do salário do presidente da petrolífera. “Se é para ficar apertando botão, eu não preciso de pessoas qualificadas”, afirmou.
Novo Ministro de Minas e Energia tem “carta branca”
Insatisfeito com o impacto da alta dos combustíveis na sua popularidade em ano eleitoral, Bolsonaro demitiu recentemente Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia e José Mauro Coelho da presidência da Petrobras. Coelho ocupou a presidência da estatal por 40 dias.
Os nomeados para a pasta e para a presidência foram, respectivamente, Adolfo Sachsida, que integrava o Ministério da Economia, e Caio Paes de Andrade, outro braço-direito de Paulo Guedes.
Bolsonaro ainda defendeu sua decisão de fazer alterações na Petrobras: “Eu sou acionista majoritário e tenho direito via Ministério de Minas e Energia de propor a mudança não só do conselho, bem como da diretoria”.
O chefe do Executivo acrescentou: “o meu feito é dar porteira fechada. Sachsida, você tem carta branca.” No começo do mês, Sachsida entregou ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, um pedido de estudo para a privatização da Petrobras, mas no momento a mudança não está em negociação.
Com informações do Estadão Conteúdo
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