A Petrobras informou nesta segunda-feira (8) que recebeu uma carta de acionistas minoritários indicando Leonardo Pietro Antonelli para eleição do conselho de administração da companhia. Ele já havia pedido para não ser reconduzido ao cargo no final da semana passada, sem explicar os motivos.
A indicação acontece em meio à debandada dos conselheiros após a intervenção do presidente da República, Jair Bolsonaro, na gerência da Petrobras. A troca de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna desagradou os membros do colegiado.
Os que abandonaram os cargos primeiro foram João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho. Em nota, a companhia informa que Cox Neto e Ziviani alegaram razões pessoais para a decisão. Os demais falaram abertamente sobre a interferência na estatal.
Seguindo eles, Leonardo Pietro Antonelli apresentou seu pedido para não ser reconduzido ao cargo de conselheiro. "O momento é de união e restabelecimento da confiança dos investidores na empresa", afirmou ele, após fazer o pedido.
O conselho de administração da Petrobras é composto por, no mínimo, sete e, no máximo, onze membros, eleitos em assembleia geral ordinária de acionistas para um mandato de até dois anos, admitidas no máximo três reeleições consecutivas. A indicação de Antonelli foi feita por meio dos acionistas do Banco Clássico.