Site icon Seu Dinheiro

Cielo mostra evolução no trimestre, mas ainda está longe do fim do túnel

Maquininha da Cielo (CIEL3)

Maquininha da Cielo

Uma luz no fim do túnel ou um trem? A empresa de maquininhas de cartão e meios de pagamento Cielo apresentou resultados no geral acima do esperado pelo mercado. O problema é que a expectativa dos analistas era bem baixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 100 milhões no terceiro trimestre, o que representa um tombo de 71,6% em relação com o mesmo período do ano passado. Mas pelo menos houve um avanço na comparação com o prejuízo do trimestre anterior.

Leia também:

O balanço relativamente melhor não é suficiente para animar os investidores. As ações da Cielo acompanharam o desempenho ruim do Ibovespa, mas pioraram ao longo do pregão e fecharam em forte queda de 11,66% a R$ 3,41.

A luz

O principal ponto de destaque no balanço foi o volume de transações com cartões de crédito e débito realizadas nas maquininhas da Cielo, que avançou 29% em relação ao trimestre anterior, para R$ 165,6 bilhões. A base de clientes ativos também mostrou reação e encerrou setembro em 1,4 milhão, um aumento de 6,8% frente na comparação com o fim de junho.

“Parece justo dizer que a reestruturação da Cielo não é simples. Porém, alguns indicadores operacionais sugerem que realmente está acontecendo (lentamente)”, escreveram os analistas do Credit Suisse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O trem

O crescimento teve como contrapartida um novo encolhimento das margens. O yield de receita líquida — ou seja, a relação entre o que companhia ganhou em relação às transações realizadas nas maquininhas — ficou em 0,73% no terceiro trimestre. Para efeito de comparação, há três anos o yield da Cielo era de 1,09%.

A queda é fruto da guerra de preços promovida pela companhia na tentativa de defender a posição de líder de mercado. Neste trimestre, também influenciou negativamente no yield a maior participação das transações com cartões de débito, que têm taxas menores.

“A economia parece se recuperar mais rápido do que o esperado e os pagamentos digitais e com cartão estão acelerando, o que definitivamente ‘compra’ mais tempo para a Cielo e seus controladores decidirem a melhor opção para a empresa”, avaliou o BTG Pactual.

Hora de comprar?

As ações da Cielo acumulam queda de mais 50% neste ano. Além da crise do coronavírus, a empresa vem sofrendo um duro ataque dos novos concorrentes que entraram no mercado nos últimos anos, como Stone e PagSeguro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As cotações da empresa na bolsa sinalizam que a batalha até aqui vem sendo perdida. Desde o início de 2018, a Cielo já perdeu 80% do valor de mercado.

Essa queda representa uma oportunidade de compra? Para os analistas que cobrem a companhia, a resposta é não. Confira a seguir a recomendação e o preço-alvo para os papéis:

BTG Pactual

Credit Suisse

Goldman Sachs

XP Investimentos

Exit mobile version