Site icon Seu Dinheiro

Bradesco supera projeções e tem lucro de R$ 5 bilhões no terceiro trimestre

Telefone celular com tela do aplicativo do Bradesco sobre um teclado de computador Bradesco (BBDC4) dividendos

Na temporada de divulgação dos balanços dos grandes bancos, hoje foi a vez do Bradesco surpreender. O banco registrou lucro líquido de R$ 5,031 bilhões no terceiro trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O resultado ainda é 23,1% menor que o do mesmo período de 2019, mas representa um avanço de 29,9% no trimestre e ficou acima da projeção média dos analistas, que apontava para um lucro de R$ 4,513 bilhões.

Leia também:

A rentabilidade do Bradesco também subiu e ficou em 15,2%, bem acima do patamar de 11,9% no segundo trimestre. Mas ainda está distante do objetivo do presidente do banco, Octavio de Lazari, de levar o retorno de volta ao patamar de 20%.

Apesar da melhora, o Bradesco também ficou para trás na comparação com o Santander, que registrou uma rentabilidade de 21,2% no balanço do terceiro trimestre.

Provisões

Na comparação com o Santander, vale a pena dar uma olhada em como o Bradesco registrou as despesas com provisões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os gastos do banco para proteger o balanço contra o aumento nos calotes atingiram R$ 5,588 bilhões no terceiro trimestre. Trata-se de um recuo de 37,1% no trimestre, mas ainda assim as provisões são 67,5% maiores do que no mesmo período do ano passado.

No Santander, chamou a atenção o fato de as despesas com provisões terem recuado inclusive na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o que despertou o receio de que o belo lucro anunciado na terça-feira não se sustente. Uma primeira olhada no resultado do Bradesco reforça essa percepção.

Crédito desacelera

A carteira de crédito do Bradesco encerrou o terceiro trimestre de 2020 em R$ 664,4 bilhões. Trata-se de um crescimento de 11,7% nos últimos 12 meses, mas na comparação trimestral o avanço foi bem menor, de apenas 0,5%.

A desaceleração no crédito foi puxada pela carteira de empresas, que recuou 1% no trimestre. Nas linhas para pessoas físicas, o Bradesco registrou aumento de 3,1% em relação ao saldo de junho deste ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O ritmo mais lento acabou se refletindo na margem financeira, a linha do balanço que inclui as receitas com crédito, descontados os custos de captação.

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a margem registrou alta de 3,5%, mas em relação ao período de abril a junho deste ano, houve uma queda de 8,4%, para R$ 15,288 bilhões.

O índice de inadimplência acima de 90 dias na carteira do Bradesco encerrou setembro em apenas 2,3%, queda de 0,7 ponto percentual em relação ao segundo trimestre e bem abaixo dos 3,6% de 12 meses atrás.

Vale lembrar, porém, que a queda dos calotes é resultado principalmente dos processos de renegociação e prorrogação do pagamento de parcelas promovidos pelos bancos no auge da crise do coronavírus. Ou seja, a expectativa é que a inadimplência comece a subir nos próximos resultados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tarifas e despesas

A retomada da economia depois da flexibilização das medidas de isolamento contribuiu para as receitas com tarifas e prestação de serviços do Bradesco, que avançaram 6,5% no trimestre, para R$ 8,121 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2019, contudo, houve queda de 3,6%.

As despesas operacionais foram outro destaque do balanço e somaram R$ 11,724 bilhões, queda de 5,7% em relação ao terceiro trimestre de 2019. O banco atribui a redução ao programa de demissão voluntária implementado no ano passado.

Com o avanço dos canais digitais, o Bradesco também vem reduzindo a rede física. Foram 683 agências fechadas apenas neste ano. Com isso, o banco encerrou setembro com uma rede de 3.795 pontos.

Exit mobile version