Moody’s: maior questão para o fiscal é como programas sociais serão financiados
É preciso observar como as discussões do novo programa de renda, que é uma forma de integração de algumas medidas de emergência no contexto da crise provocada pelo coronavírus, vão se desenvolver.

A vice-presidente e analista sênior da Moody's Samar Maziad, responsável pelo rating soberano do Brasil, afirmou que a maior questão fiscal para o País é como os programas sociais serão financiados, respeitando o teto de gastos. A declaração foi dada durante o evento Inside Latam Brasil, da Moodys.
Segundo Samar, é preciso observar como as discussões do novo programa de renda, que é uma forma de integração de algumas medidas de emergência no contexto da crise provocada pelo coronavírus, vão se desenvolver. "Monitoramos como Renda Cidadã será financiado."
Samar Maziad também afirmou que as reformas essenciais para o País neste momento são as de cunho fiscal, para possibilitar o respeito ao teto de gastos nos próximos anos. A analista lembrou que, em maio, o rating soberano brasileiro foi mantido em Ba2, com perspectiva estável, Mas destacou que o cenário básico contempla a manutenção do teto de gastos e de apoio a reformas no Brasil. "Se apoio a reformas diminuir, haverá impacto negativo em nosso cenário."
Samar ainda reforçou que a perspectiva da agência de classificação de risco é de que os novos gastos serão feitos dentro do teto de gastos, que guia a consolidação fiscal do País.
Também presente ao evento, o diretor do ASA Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou que há apoio no Congresso para a aprovação da reforma administrativa, que seria importante para equacionar a questão do gasto público no País.
Já em relação à reforma tributária, o economista se disse mais cético, porque tem muitas implicações para os setores econômicos, mas ponderou que há chance de avanço.
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Carlos Kawall também afirmou que, nas últimas duas semanas, ficou "mais animado" com a perspectivas de que o teto de gastos não será violado. Segundo ele, após alguns sinais ruins do governo sobre o financiamento do novo programa de renda, a reação negativa dos mercados foi percebida pela equipe econômica, que voltou a reforçar que a regra será mantida. "A sinalização é que governo vai respeitar o teto para financiar programas sociais."
O diretor do ASA Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional, se disse, porém, mais cético com o crescimento brasileiro em 2021, devido à forte deterioração do mercado de trabalho em meio à pandemia de coronavírus e à retirada do auxílio emergencial. O ASA Investments projeta crescimento de 2,1% no ano que vem. A declaração foi dada durante o evento Inside Latam Brasil, da Moodys.
Na opinião de Kawall, o auxílio emergencial não foi um programa bem focado e os programas do governo não deram apoio suficiente para pequenas empresas, principalmente do setor de serviços, que estão enfrentando maior dificuldade no processo de recuperação.
Recuperação desigual
A recuperação econômica das economias do choque sem precedentes causado pela pandemia do coronavírus será desigual entre as diversas regiões, avalia o vice-presidente sênior da Moodys Investors Service, Gersan Zurita. Para ele, o Brasil deve ser um destaques de crescimento, ficando entre as economias de melhor desempenho.
O Brasil se compara favoravelmente, comentou em sua apresentação ao mostrar um mapa com as diversas projeções da Moody's, quando se olha a crise na Argentina, que pode ter o terceiro ano consecutivo de recessão, e com o México, que pode ter o segundo ano seguido de Produto Interno Bruto (PIB) negativo em 2021. Já o Brasil deve crescer 3,4% em 2021. "Também se comparará favoravelmente com as economias avançadas da Europa, incluindo França, Itália e Espanha", disse ele.
Zurita ressaltou que os riscos de mais resultados negativos para o PIB e condições de crédito mais desafiadoras continuarão elevados em 2021, na medida em que o risco de controle do coronavírus se mostra difícil.
"A recuperação da demanda leva tempo, os preços do petróleo continuarão relativamente baixos e voláteis e provocarão estresse de crédito nos produtores e exportadores de petróleo", alertou o executivo da Moody's. "As condições de crédito nos mercados emergentes vão permanecer tênues", disse ele no evento organizado pela Moody's para discutir perspectivas para a economia brasileira.
O executivo alertou ainda que o risco de crédito vai aumentar para setores que não conseguirem responder rapidamente às mudanças nos negócios, causadas ou aceleradas pela pandemia do coronavírus. "Emissores com fraca liquidez permanecerão vulneráveis a interrupção repentina de capital." Já setores ligados ao comércio e a produção se recuperação, enquanto o setor de serviços vai depender da retomada da demanda.
Com informações de O Estado de S. Paulo.
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