A pergunta que dá título à newsletter desta noite é a mais digitada pelos brasileiros na busca do Google quando o assunto é dólar.
Pudera, às vezes até mesmo nós aqui do Seu Dinheiro nos pegamos em busca de respostas para essa pergunta, que é bem menos trivial do que parece.
Assim como a queda de um avião, os movimentos de alta e baixa do dólar raramente são explicados por um único fator. Nem mesmo os especialistas encontraram uma explicação consensual para a valorização que ganhou força no segundo semestre do ano passado.
Muita gente boa no mercado defendia que investidores estrangeiros estavam vendendo reais em busca de proteção (hedge) contra a piora no ambiente econômico de países vizinhos, como Argentina e Chile.
Essa explicação fazia todo o sentido, mas foi descartada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ao participar de um evento no mês passado, ele deu um peso bem maior ao pré-pagamento de dívidas no exterior por empresas brasileiras como motivo para a alta da moeda.
Mais recentemente, a incerteza dos efeitos do surto do coronavírus na economia global levou a uma busca por ativos mais seguros, como a boa e velha moeda do país de Donald Trump.
O que todos concordam é que o fortalecimento do dólar é um efeito colateral de algo muito bem-vindo e aguardado: o processo de queda dos juros a níveis civilizados no Brasil.
Mas essa não é a única pergunta das pessoas que recorrem ao Google. Elas também querem saber: Quanto que está o dólar hoje? Quando o dólar vai baixar? Por que o dólar subiu tanto? O que faz o dólar subir?
Se você também tem essas dúvidas, nem precisa recorrer ao buscador. Basta ler o texto que o Victor Aguiar preparou com respostas para todas essas questões.
A voz do cidadão
“Eu, como cidadão, acho que está um pouquinho alto o dólar.” No caso, o cidadão da frase é Jair Messias Bolsonaro. Ao seu estilo, o presidente também reclamou da valorização da moeda norte-americana. Ele disse que costuma se informar sobre as razões da alta (no Banco Central, não no Google), mas que não interfere diretamente nas decisões da área econômica. Leia tudo o que o capitão disse.
De volta ao jogo
Com tanta polêmica em torno do preço do dólar, ele não poderia deixar de ser o protagonista do dia nos mercados. O dia começou com o câmbio ainda mais pressionado, mas logo a sexta alta consecutiva da moeda norte-americana deu espaço a um recuo de 0,39%. Tudo isso graças a alguém que andava sumido pelo mercado e resolveu voltar para o jogo, como você confere na cobertura do Victor Aguiar.
Tropeço na largada
Quem se animou com a estreia triunfal das ações da Mitre e Locaweb, que fizeram IPOs neste ano, pode ter se decepcionado com a incorporadora Moura Debeux, que teve sua largada na bolsa hoje. Os papéis ordinários da empresa fecharam em queda de 2,63%, em um sinal negativo para o apetite do investidor. A queda abriu uma oportunidade de compra a um preço ainda mais atrativo? Nesta matéria eu conto para você as minhas impressões.
Por falar em IPO…
…o mestre Ivan Sant’Anna preparou uma análise imperdível sobre a experiência dele com investimentos em ações de empresas que abrem o capital ao público. O texto é exclusivo para assinantes do Seu Dinheiro Premium. Para destravar seu acesso e conhecer os benefícios, basta clicar aqui.
No lugar certo
O Banco Inter divulgou o balanço de 2019 ontem à noite e as ações reagiram em queda no pregão desta quinta-feira. Mas para o BTG Pactual existem boas razões para manter o otimismo com o banco digital, que fechou o ano passado com 4 milhões de clientes. Na opinião dos analistas, o número pode dobrar neste ano. Confira a recomendação e o preço-alvo para os papéis com o Felipe Saturnino.
Fundo Garantidor vai trabalhar
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da financeira Dacasa, que trabalhava com empréstimo pessoal, Crédito Direto ao Consumidor e empréstimo consignado. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) deverá ressarcir os investidores que tiverem aplicações de renda fixa emitidas pela financeira, que eram vendidas em plataformas de investimento. A Julia Wiltgen traz os detalhes.
União para as horas ruins
Investir em debêntures equivale a emprestar dinheiro para uma empresa. Mais ou menos como acontece com o CDB de um banco, mas sem a garantia do fundo garantidor. Por isso, quando o emissor dos papéis quebra, como aconteceu com a Rodovias do Tietê, as perdas são enormes. No vendaval de decepções, o nosso colunista Felipe Miranda resolveu falar sobre o caso e trazer uma sugestão para quem quer reverter pelo menos parte dessas perdas.