Site icon Seu Dinheiro

Reunião de Bolsonaro e governadores é destaque em dia de tensão renovada entre EUA e China

Guerra comercial entre China e Estados Unidos

Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro discute com governadores sobre o veto ao reajuste de servidores públicos - muito esperado pelo mercado e pela equipe econômica, em contrapartida ao auxílio emergencial aos Estados e municípios. Na agenda econômica local, destaque para a divulgação da arrecadação federal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No exterior, temos uma piora do humor nos negócios, já que as tensões entre Estados Unidos e China seguem crescendo. A marca de 5 milhões de casos de coronavírus no mundo também inspiram cautela. Dentre as principais divulgações econômicas do dia, destaque para o número de pedidos do auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que segue sendo um termômetro para a situação da economia norte-americana.

Surfando o bom humor

Mesmo com pontos de tensão local, o Ibovespa conseguiu seguir o otimismo externo visto nesta quarta-feira e terminou o dia em alta de 0,71%, a 81.319,45 pontos.

Um dos motores para o dia de alta foi o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que um acordo com China para recuperação do mercado de petróleo foi firmado. O objetivo é estabilizar os preços da commodity.

BC no jogo

Em live da Abdib, na tarde de ontem, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, tentou impedir apostas contra o real, dizendo que o Banco Central continuará atuando no câmbio, podendo até mesmo aumentar a atuação se necessário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ontem, o dólar fechou o dia com queda de 1,17%, a R$ 5,6809.

Perguntado sobre qual seria o piso para a Selic, que hoje se encontra em 3% ao ano, o presidente do BC afirmou que 'países com dívidas maiores encerram o processo de corte de juros com taxas um pouco maiores também'. Ele também disse que a crise atual pode ser mais longa e o desvio fiscal maior.

Selando a paz?

O presidente Jair Bolsonaro participa hoje de videoconferência com governadores. O objetivo é melhorar a relação do Governo Federal com os Estados. Ponto de atrito entre as duas partes nos últimos meses, medidas de isolamento social não serão discutidas.

A expectativa é que Bolsonaro discuta o veto aos reajustes salariais do funcionalismo público. A medida foi aprovada na semana passada no pacote de auxílio aos Estados e municípios. Paulo Guedes, que espera que o veto se concretize, também participará da reunião.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pontos de tensão

Os números de casos do coronavírus continuam avançando no país, nos aproximando dos números registrados pelos Estados Unidos - país com o maior número de casos no mundo. No total, já são 291,5 mil infectados e 18,8 mil mortos.

Já no campo político, expectativa pela decisão do ministro Celso de Mello sobre o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril - que pode ser anunciada a qualquer momento - , e pelo depoimento de Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado e que denunciou o vazamento de informações da Operação Furna da Onça a Flávio Bolsonaro. Hoje, Marinho irá depor à PGR.

Em meio à tantas crises, a pesquisa XP/Ipespe divulgada ontem mostra uma queda no apoio popular do presidente. O índice de "bom/ótimo" caiu para 25%. 23% dos entrevistados acreditam que o governo do presidente é apenas regular - deixando o apoio ao presidente abaixo da casa dos 50%.

Em relação à atuação do presidente durante a crise sanitária, 58% dos entrevistadoss acreditam que a atuação é ruim ou péssima.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

EUA X China

O clima de tensão entre Estados Unidos e China voltou a pesar. O presidente Donald Trump voltou a criticar o país asiático pela atuação contra o coronavírus, culpando os chineses pela pandemia.

A Casa Branca publicou um relatório com mais de 20 páginas culpando a China de atividades 'malignas' nos mais diversos setores, como políticas econômicas, violação de direitos humanos, regime militar e desinformação.

Além do renovado clima de guerra entre os países, os investidores também observam o avanço do coronavírus no globo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto alguns países começam a reabrir suas economias, o vírus segue se espalhando. Segundo a Universidade Johns Hopkins, que compila dos dados sobre a doença, mais de 5 milhões de pessoas já foram infectadas, com 330 mil mortes registradas. A marca diluí o otimismo com as reaberturas econômicas e com o avanço de uma vacina.

Neste cenário que inspira maior cautela, as principais bolsas asiáticas fecharam em baixa.

O clima de tensão entre as duas principais economias do mundo contamina o pregão europeu, que opera no campo negativo desde a abertura. No velho continente, os negócios ainda digerem os últimos dados de atividade econômica do bloco. A economia da zona do euro continua se retraindo, mas o PMI composto da região superou expectativas, ficando em 30,5 em maio.

Depois de quatro altas consecutivas, os índices futuros em Nova York amanhecem em queda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Subindo mais

O petróleo parece seguir para mais um dia de alta, agora com expectativas pela reunião legislativa anual da China - quando a maior consumidora da commodity poderá decidir sobre novas políticas monetárias e fiscais que podem levar a um aumento da demanda.

Por volta das 7h30, o barril do petróleo WTI para julho tinha alta de 2%. Já Brent avançava 1,34%, a US$ 36,23.

Agenda

Está previsto para hoje a divulgação da arrecadação federal (10h30).

Na agenda econômica internacional está previsto o número de pedidos de auxílio-desemprego semanal nos EUA (9h30), dados do setor imobiliário (11h) e PMIs preliminares de maio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Olho também nos dirigentes do Federal Reserve, que falarão em diversos eventos durante o dia, incluindo o presidente Jerome Powell.

Fique de olho

Exit mobile version