A recuperação vista nos mercados brasileiros durante a manhã se esvaiu nesta tarde: o Ibovespa virou para queda e o dólar à vista passou a subir, em meio aos relatos de que o vídeo da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Sergio Moro, em 22 de abril, teria um conteúdo 'bombástico'.
O Ibovespa chegou a subir 1,62% mais cedo, mas, por volta de 15h15, já recuava 0,74%, aos 78.475,90 pontos; no câmbio, o dólar à vista teve comportamento semelhante e, no mesmo horário, já avançava 0,76%, a R$ 5,8647 — a divisa tocou os R$ R$ 5,7430 mais cedo (-1,33%).
Segundo o site "O Antagonista", Bolsonaro pediu a troca da superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro de modo a proteger sua família — ele dizia estar sendo alvo de perseguição. O texto ainda acrescenta que o presidente trocaria o diretor-geral da PF e Moro caso não tivesse o desejo atendido.
O Ibovespa passou a perder força de maneira mais intensa pouco depois das 14h30 — horário que coincide com a publicação da matéria. Já o dólar à vista agora flerta com um novo recorde de encerramento: a atual máxima nominal, de 7 de maio, é de R$ 5,8409.
O mercado de juros futuros também reagiu com cautela aos rumores envolvendo a reunião entre Moro e Bolsonaro. Os DIs, que apresentavam um comportamento relativamente estável nesta terça-feira, passaram a subir com intensidade, tanto na ponta curta quanto na longa:
- Janeiro/2021: de 2,47% para 2,56%;
- Janeiro/2022: de 3,27% para 3,46%;
- Janeiro/2023: de 4,46% para 4,65%.