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Ibovespa tem nova alta firme, impulsionado pelo exterior; mercados ficam atentos ao cenário político

Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar

O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira (25) sem conseguir se afastar muito do zero a zero, mas o tom positivo visto lá fora acabou dando um empurrão às negociações por aqui. Agora, o índice já sobe mais de 9%, firmando-se acima dos 75 mil pontos.

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Por volta de 16h10, o Ibovespa avançava 9,42%, aos 76.299,27 pontos, mas chegou a recuar 0,53% logo depois da abertura, aos 69.359,58 pontos. Lá fora, o Dow Jones (+5,62%), o S&P 500 (+4,23%) e o Nasdaq (+2,34%) operam em alta firme, assim como as principais praças da Europa.

No câmbio, o dia também é mais tranquilo: no mesmo horário, o dólar à vista recuava 1,60%, a R$ 5,0008 — a moeda americana não termina uma sessão abaixo dos R$ 5,00 desde o dia 13.

O surto de coronavírus continua inspirando enorme cautela aos mercados globais, uma vez que o ritmo de disseminação da doença pelo mundo tem aumentado. De acordo com a universidade americana John Hopkins, já são mais de 20 mil mortos e cerca de 450 mil pessoas contaminadas — ontem, o total de infectados estava abaixo de 400 mil.

No entanto, as medidas de estímulo econômico anunciadas por governos e bancos centrais têm ajudado a trazer algum alívio aos investidores. Nesta madrugada, o Senado dos EUA aprovou o pacote de US$ 2 trilhões com medidas de incentivo à atividade local — a pauta vinha sendo discutida desde o fim de semana.

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Com o sinal verde para o pacote trilionário, os mercados americanos continuam em alta — ontem, já tinham registrado uma recuperação firme, com o Dow Jones saltando mais de 11%. E esse tom mais positivo visto no exterior acaba se sobrepondo à cautela com o vírus, ao menos por enquanto.

Preocupação local

No Brasil, a deterioração cada vez maior do cenário político é motivo para preocupação entre os investidores. Ontem, em pronunciamento à nação, o presidente Jair Bolsonaro confrontou governadores, fez pouco caso do coronavírus e foi contra as recomendações da OMS ao defender a reabertura de escolas e fim do isolamento social.

O pronunciamento gerou enorme discussão nas redes sociais e provocou reações imediatas das principais lideranças políticas. Tanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre — que foi contaminado pelo coronavírus — quanto o da Câmara, Rodrigo Maia, repudiaram a postura de Bolsonaro, escancarando o isolamento cada vez maior do presidente da República.

Nesse cenário, o mercado obviamente fica receoso quanto às diretrizes econômicas a serem assumidas neste momento de crise global — eventuais declarações dos principais atores da cena política podem trazer instabilidade às negociações por aqui, neutralizando a influência positiva do exterior.

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DIs caem após IPCA-15

No mercado de juros, os principais vencimentos operam em baixa nesta quarta-feira, repercutindo o resultado da inflação medida pelo IPCA-15: o índice subiu 0,02% em março, o menor resultado para o mês desde 1994.

Com a inflação sob controle, aumentam as apostas do mercado quanto a um novo corte na taxa Selic, uma vez que não há grandes pressões sobre o nível de preços do país. Veja abaixo como estão os principais DIs no momento:

Altas e baixas

O setor aéreo aparece entre os destaques positivos do Ibovespa nesta quarta-feira, aproveitando o clima mais ameno dos mercados globais para recuperar parte do terreno perdido recentemente. Veja abaixo quais são as cinco ações de melhor desempenho do índice:

CÓDIGONOME PREÇO (R$)VARIAÇÃO
GOLL4Gol PN10,95 +35,19%
BRKM5Braskem PNA14,95 +31,14%
HGTX3Cia Hering ON15,41 +25,49%
USIM5Usiminas PNA4,93 +22,64%
SMLS3Smiles ON13,90 +21,40%

Confira também as maiores quedas do Ibovespa no momento:

CÓDIGONOME PREÇO (R$)VARIAÇÃO
PCAR3GPA ON70,02 -2,75%
CRFB3Carrefour Brasil ON21,22 -2,66%
EQTL3Equatorial ON16,74 -0,59%
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