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Ibovespa perde força e dólar vira para alta, descolando da calmaria no exterior

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As comemorações pelo dia da Independência dos EUA começaram mais cedo em Wall Street: em meio a mais uma rodada de dados surpreendentemente fortes do mercado de trabalho americano, as bolsas do país operam em alta firme desde a abertura. O Ibovespa até acompanhou esse ritmo durante a manhã, mas perdeu força na segunda metade do pregão.

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Por volta de 16h10, o Ibovespa avançava apenas 0,07%, aos 96.270,03 pontos, após tocar os 97.864,16 pontos (+1,73%) na máxima desta quinta-feira (2). Lá fora, contudo, o ritmo segue acelerado: nos EUA, o Dow Jones (+0,87%), o S&P 500 (+0,89%) e o Nasdaq (+0,94%) sustentam-se em alta; na Europa, as principais praças subiram mais de 1%.

Esse movimento de maior cautela por aqui também contaminou o câmbio: o dólar à vista agora sobe 0,81%, a R$ 5,3612, depois de cair 0,96% logo após a abertura, a R$ 5,2669.

Grande parte do otimismo externo se deve ao relatório do mercado de trabalho nos EUA em junho: foram criados 4,77 milhões de empregos no país — as estimativas dos analistas eram mais modestas, apostando numa abertura de 3,5 milhões a 4 milhões de novos postos.

É o segundo mês consecutivo em que o mercado de trabalho americano surpreende o mercado: em maio, quando boa parte dos agentes financeiros acreditava que seriam fechadas milhões de vagas no país, foram abertos 2,5 milhões de novos postos.

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Com isso, ganha força a leitura de que uma recuperação econômica está em curso nos EUA, o que, em última instância, pode dar força à atividade global e permitir uma retomada já no segundo semestre de 2020. E tal interpretação se sobrepõe à cautela gerada pelo aumento nos casos de coronavírus, ao menos para os mercados financeiros.

Do lado da taxa de desemprego, também há uma tendência de melhora: o indicador caiu de 13,3% em maio para 11,1% em junho — nível ainda elevado, mas que indica uma trajetória favorável.

Além dos dados do mercado de trabalho, os investidores mostram otimismo em relação aos avanços no tratamento para a Covid-19: a Pfizer, em parceria com a BioNTech, anunciou resultados positivos com a sua versão da vacina para a doença.

Apesar disso tudo, o fato de as bolsas americanas estarem fechadas amanhã, em comemoração ao feriado do dia da Independência dos EUA, aumenta a prudência dos investidores.

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É comum que, às vésperas de uma parada prolongada, muitos agentes financeiros optem por diminuir a exposição ao risco, receosos quanto a algum acontecimento inesperado durante os dias de mercado parado.

Declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também contribuíram para elevar a prudência por aqui: há pouco, ele citou que os riscos aos países emergentes aumentaram durante a crise do coronavírus — o que pode atrasar o processo de recuperação desse grupo e contribui para a saída de investidores.

Indústria se recupera

No Brasil, destaque para o crescimento de 7% reportado na produção industrial em maio, dado que também serve para animar as operações. Naturalmente, esse crescimento vem após uma queda brusca em abril e março, mas, ao menos, ele mostra uma interrupção na tendência de desaquecimento do setor.

Apesar de todo o noticiário mais favorável aos mercados nesta quinta-feira, as curvas de juros futuros continua mostrando uma tendência de estabilidade, sem grandes oscilações em ambas as pontas:

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Top 5

Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
CSNA3CSN ON10,94+3,31%
BPAC11BTG Pactual units78,76+2,95%
GGBR4Gerdau PN15,82+2,20%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PN7,22+2,12%
PETR4Petrobras PN22,13+1,93%

Confira também as maiores baixas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
IRBR3IRB ON9,08-11,07%
BTOW3B2W ON107,45-4,08%
GNDI3Intermédica ON65,65-3,85%
HAPV3Hapvida ON60,59-3,81%
LAME4Lojas Americanas PN31,41-3,62%
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