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Papéis da Cielo fecham com alta de 6%, após notícia de conversas com a rival Stone

Prédio da Cielo

A notícia de que duas gigantes do setor de pagamentos, a Stone (STNE) e Cielo (CIEL3) andaram de "conversinha" nas últimas semanas parece ter animado os investidores.

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A publicação destaca que, apesar de o interesse entre Stone e Banco do Brasil (um dos controladores da Cielo, junto com o Bradesco) ter esfriado um pouco, as portas para uma retomada nas negociações estavam abertas.

Diante da notícia, os papéis ordinários da Cielo fecharam o pregão desta segunda-feira (16) no topo das altas do Ibovespa em R$ 8,10, o que representa uma valorização de 6,02%.

As ações da Stone, que são negociadas na Nasdaq, também foram impactadas positivamente. Os papéis terminaram o dia com alta de 1,82%, cotados em US$ 33,49.

As assessorias de imprensa da Stone e da Cielo foram procuradas para comentar as negociações, mas até o fechamento desta matéria não retornaram o contato.

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De olho na conta digital

Após mudar a postura e adotar uma estratégia de brigar por participação de mercado e não mais por rentabilidade, a Cielo anunciou no fim do mês passado que pretende ir além da maquininha de cartão de crédito.

A companhia lançou um aplicativo de conta digital. Batizado de Cielo Pay, o app vai incorporar uma conta digital por meio da qual os clientes poderão receber os valores das vendas na hora mesmo sem contar com as maquininhas.

A empresa vai oferecer também alguns serviços bancários pelo aplicativo, como saques e transferências e, futuramente, crédito. Ou seja, pode ser o primeiro passo para a companhia virar um banco completo, ainda que o presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, não confirme essa informação.

"Nós já acompanhamos a vida do cliente como vendedor e agora vamos acompanhar a jornada dele como consumidor", afirmou Caffarelli, que reuniu a imprensa para apresentar o novo produto.

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O aplicativo começa em fase de testes para funcionários nesta semana. O lançamento para o público em geral está previsto para o dia 14 de outubro.

Com o novo serviço, a empresa controlada por Banco do Brasil e Bradesco espera abocanhar um mercado que cresce a taxas de 40% ao ano.

Visão dos analistas

Na opinião dos especialistas ouvidos pela Bloomberg, mesmo com o novo serviço, ainda há uma série de incertezas com relação à Cielo.

Não é à toa que há cinco recomendações de venda, 11 de manutenção e quatro de compra dos papéis da companhia.

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Para os especialistas ouvidos pelo serviço de notícias, o preço-alvo das ações da companhia pode chegar aos R$ 8,04, o que representaria uma valorização de 5,24% em relação ao fechamento da última sexta-feira (13/09). No ano, os papéis acumulam queda de 4,51%.

Stone em alta

A Stone, por sua vez, apresenta resultados um pouco melhores. Segundo os analistas ouvidos pela Bloomberg, o número de recomendações de compra e de manutenção é o mesmo para cada uma. Ao todo, são sete.

Já o número de analistas que recomendam a venda dos papéis é de cinco. Para os especialistas ouvidos, o preço-alvo das ações em 12 meses é de US$ 36,29, o que representa uma valorização de 10,34% em relação ao fechamento da última sexta-feira (13). No ano, os papéis acumulam alta de 83,73%.

A Stone estreou na bolsa americana Nasdaq em outubro de 2018 e chamou a atenção por atrair investidores como bilionário americano Warren Buffet e chinesa Ant Financial, do chinês Jack Ma, fundador do site de comércio eletrônico Alibaba.

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Em abril deste ano, a empresa fez uma nova oferta de ações e movimentou US$ 790 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões, nas cotações do dia).

Entre os acionistas que aproveitaram a operação para colocar no bolso parte dos ganhos estavam André Street e Eduardo Pontes, fundadores da Stone.

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