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CUIDADO COM OS ATRAVESSADORES

Onde está o seu iate?

Está na hora de tirar os intermediários do processo de investimento para deixar o dinheiro com os investidores

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8 de abril de 2019
15:30 - atualizado às 22:34
Iate ancorado na marina
Iate ancorado na marina - Imagem: Shutterstock

Existem os livros que explicam como o mercado financeiro funciona, e os que explicam como esse mercado realmente funciona. Um ótimo exemplo do segundo tipo é “Onde estão os iates dos clientes?”, escrito pelo corretor de valores Fred Schwed Jr em 1940.

Schwed trabalhou em Wall Street durante os turbulentos anos 20, 30 e 40, período em que viu o pai perder todas as economias na bolsa americana. Mesmo perto de completar oito décadas de publicação, o texto faz soar um alerta indispensável para os investidores brasileiros de hoje.

O título é inspirado em uma saborosa anedota. Num dia quente de verão, por volta de 1870, um grupo de amigos admirava os enormes iates do porto de Rodhe Island, nos Estados Unidos. Um investidor de Newport, que servia de guia para a turma, apontava os barcos e dizia: esse pertence ao corretor tal, aquele é propriedade do banqueiro tal. Até que um dos ouvintes lançou a pergunta embaraçosa: e onde estão os iates dos clientes?

Pois é: eles não estavam em parte alguma. Quem realmente enriquecia não eram aqueles que compravam ou vendiam os ativos financeiros, mas os intermediários por trás do processo.

Para você não achar que essa história caducou de velhice, vamos pular para outra mais recente. Essa foi escrita por Warren Buffett, o mais bem-sucedido investidor das últimas décadas, na carta aos acionistas de seu fundo, o Berkshire Hathaway, em 2006.

(Aliás, talvez Buffett tenha se inspirado no próprio livro de Schwed, que ele chamaria de “maravilhoso” na carta aos acionistas de 2015. Mas voltemos ao papo.)

Naquele texto, Buffett faz um brilhante exercício de imaginação. Ele inventa uma realidade paralela na qual todas as ações dos Estados Unidos são detidas por uma única e numerosa família, os Gotrocks. Eles vivem em paz e abundância, com uma renda de aproximadamente US$ 700 bilhões por ano. Até que eles conhecem um “conselheiro”. O tal sabichão convence um grupo de jovens Gotrocks a vender um punhado de ações ruins para seus primos e, ao mesmo tempo, comprar ações melhores desses primos.

A mudança leva a família a entrar em crise. Afinal os dividendos totais do clã passam a ser menores, uma vez que agora era preciso pagar uma taxa ao conselheiro. Para resolver a questão, surge um grupo de “conselheiros superiores”, que realoca o patrimônio de forma mais harmônica. Mas esse grupo cobra taxas ainda maiores, o que obriga alguns parentes a apertarem os cintos, provocando mais problemas entre os Gotrocks. Até a completa ruína familiar.

O que a história dos Gotrocks tem a ver com o livro de Schwed – e, em última análise, com os seus investimentos?

As narrativas mostram o efeito destrutivo dos intermediários em uma atividade econômica. “Destrutivo” pode parecer uma palavra meio alarmista, mas será que um investidor da envergadura de Buffett teria se importado com uma questão sem relevância? Ou um livro teria se tornado um clássico dos investimentos se tratasse de baboseira? É claro que não.

Quem mordeu a sua carteira?

Corta para o Brasil de 2019. Por aqui, o movimento tectônico que abala o setor financeiro é a ascensão das corretoras. Com o saco cheio – como também estou – das taxas dos bancos, milhões de brasileiros abraçaram essa nova forma de investir. Mas a maioria não se atentou para um detalhe: as corretoras acrescentam um intermediário ao processo. É uma versão do dono dos iates de Schwed, ou do conselheiro da família Gotrocks. No caso tupiniquim, o atravessador se chama “agente autônomo”.

É o mesmo cara que eu disse ter medo de entregar o meu dinheiro. É ele quem morde a maçã dos seus investimentos e diminui o seu lucro. Além de tirar uma parte do seu rendimento, ele também ganha uma comissão chamada “rebate” – que é mais alta conforme ele vende um fundo mais encalhado a você. Uma bomba dupla.

Adeus, atravessadores!

Na semana passada, falei sobre uma solução que manda esse intermediário para o escanteio. Trata-se da Pi, uma startup recém-lançada pelo Santander. Ela funciona como um supermercado de investimentos. Você vai até as prateleiras e pega o que achar melhor, sem ter que pagar taxas para ninguém. Se quiser aconselhamento de profissionais, você pode colocar seu dinheiro em fundos montados pelos melhores especialistas do país para os clientes da Pi. E sem pagar uma fortuna pela curadoria dos seus investimentos.

Não à toa, quem me recomendou “Onde estão os iates dos clientes?” foi o Felipe Bottino, CEO da Pi. Ele me disse que o livro abriu seus olhos para a necessidade de desintermediação no mundo dos investimentos brasileiros. “Além de uma ótima leitura, ele serviu de inspiração para o conceito da Pi”, disse Bottino na ocasião. “Tirar o intermediário do processo é fundamental para aumentar os ganhos dos investidores no longo prazo”, explicou o CEO.

A verdade é que essa tendência vai muito além do mercado financeiro. Ela chegou a várias indústrias e trouxe uma redução no custo dos produtos e serviços. Os exemplos estão por toda a parte: aplicativos de táxi que tiraram do mercado as velhas centrais telefônicas que usávamos para chamar motoristas, fabricantes que criam sites para vender produtos como camas ou sofás sem passar pelo varejo, plataformas para alugar apartamentos sem depender de corretores – e por aí vai. Era inevitável que essa onda batesse na praia das finanças em algum momento.

Um colunista do Wall Street Journal chamado Jason Zweig escreveu o prefácio de uma edição de 2006 do livro de Schwed. Em determinado trecho, ele diz: “Os nomes, os rostos e a maquinaria de Wall Street são completamente diferentes do tempo de Schwed, mas o jogo se mantém inalterado. O investidor individual continua situado no fundo da cadeia alimentar, um minúsculo plâncton em um oceano de predadores”.

É uma provocação inquietante para alguém como eu e você, não? Afinal, você quer ser um peixinho pequeno (ou pior, um plâncton!) nesse ecossistema? Ou prefere ser o dono do iate? #queromeuiate

PS: Se você se interessou pelo livro, temos uma ressalva: não é fácil encontrar uma versão traduzida da obra. Já as edições em inglês podem ser encomendadas com facilidade (na Amazon, por exemplo), sob o título de “Where are the customers’ yachts?”. Vale a leitura! Fiquem com esse trecho inspirador: “Quanto mais previsões forem feitas [por analistas e corretores], mais negócios eles farão e mais comissões poderão cobrar. Até porque vão estar erradas, e depois ‘será necessário corrigir a situação’.” Rá.

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