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Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Bancos

Mais conservador, BTG Pactual tem queda de 7,1% no lucro em 2018

Com receita menor vinda da tesouraria, resultado do banco foi de de R$ 2,741 bilhões no ano passado, com uma rentabilidade de 14,7%

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
25 de fevereiro de 2019
10:40 - atualizado às 11:29
trading floor btg pactual

Com uma redução nas receitas obtidas pela área de tesouraria, o BTG Pactual registrou um lucro líquido ajustado de R$ 2,741 bilhões. O resultado representa uma queda de 7,1% em relação a 2017.

O lucro menor afetou a rentabilidade do BTG, que caiu de 16,3% para 14,7% no ano passado. As units (recibos de ações) do banco reagiam em queda de 1,10% ao resultado pouco depois da abertura da bolsa hoje, enquanto o Ibovespa subia 0,21% no mesmo horário.

As receitas do banco ficaram 3,2% abaixo de 2017 e atingiram R$ 5,352 bilhões. A área chamada de "sales & trading", que inclui as posições no mercado feitas pela tesouraria, apresentou uma queda de 35,6% nas receitas.

O BTG atribuiu a queda à alocação de risco conservadora do banco e as condições "desafiadoras" do mercado. "O desempenho foi mais fraco nas mesas de juros, energia e ações, enquanto o desempenho de câmbio e corretagem foi significativamente melhor", informa a instituição, no relatório que acompanha o balanço, divulgado na manhã de hoje.

O banco ampliou a concessão de crédito e atingiu uma carteira de R$ 29,703 bilhões no fim do ano passado, um aumento de 13,8% em relação ao saldo de de setembro e de 36,1% na comparação com dezembro de 2017. Incluindo os financiamentos concedidos a clientes milionários (wealth management) a carteira de crédito do banco atinge R$ 38 bilhões.

Banco de investimento e fundos

O resultado mais fraco da tesouraria foi em parte compensado pela melhora das atividades de banco de investimento e gestão de fundos e fortunas.

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No ano passado, a área de "investment banking" alcançou os melhores resultados desde que o BTG Pactual listou suas units na bolsa, em 2012.

As receitas aumentaram 27% em 2018, para R$ 464 milhões. O banco atribuiu a melhora às operações de assessoria financeira em fusões e aquisições.

Na área de gestão e administração de fundos, o banco encerrou o ano com um patrimônio de R$ 207,5 bilhões, um aumento de 12,7% no trimestre e de 43,2% em 12 meses. A captação de recursos também foi recorde desde a abertura de capital do banco e atingiu R$ 43,7 bilhões em 2018.

Bônus menor

Com o lucro menor, o BTG pagou menos bônus aos funcionários. As despesas com o pagamento da remuneração variável somaram R$685 milhões, uma queda de 8,1% em relação a 2017. No geral, as despesas do banco recuaram 3%, para R$ 2,560 bilhões.

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