Depois de avaliar o desempenho dos ativos brasileiros nas últimas semanas, que foram particularmente ruins para os mercados emergentes, o Goldman Sachs avalia que o Brasil está se tornando um mercado mais “defensivo”.
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Para o GS, essa dinâmica do Brasil, que tem resistido bem a um quadro de menor crescimento global e problemas na Argentina, aliado a uma fraca base de partida (baixo crescimento ou mesmo recessão no semestre) sugere que os ativos brasileiros devem ter performance melhor que a dos pares ao longo do segundo semestre.
“Estamos mais otimistas com o mercado de ações, seguido pelo câmbio e juros locais e um pouco menos positivos com relação ao crédito soberano”, diz o relatório.
Perguntas e respostas do GS
- O Brasil é uma história suficientemente idiossincrática para se descolar do quadro de risco global?
- Não, mas o mercado se tornou uma história de defesa relativa.
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- Quando o fluxo externo finalmente vai ingressar no Brasil?
- Fluxos estão correlacionados com o quadro mais amplo de movimento de recursos para emergentes que, por sua vez, são direcionados pela melhora no crescimento global.
- Ainda há valor nos ativos brasileiros?
- A moeda não parece cara, mas as ações e o mercado de juros já estão embutindo reformas e juros básicos (Selic) menores. Crescimento será o maior “driver” a partir de agora.
- O Ibovespa pode subir mais?
- Mantemos nosso alvo de 106 mil pontos para o fim do ano, mas vemos potencial de 114 mil pontos em 12 meses.
- A reforma da Previdência será um catalisador?
- Acreditamos que uma melhora fiscal de cerca de 3% (relativa à média dos emergentes) já está no preço. Com a reforma tributária sendo o passo seguinte, enxergamos melhor relação risco/retorno em ações que no mercado de crédito.