Star Trek, Kodak e uma ação para comprar
Veja os destaques do Seu Dinheiro nesta manhã
Se tem uma coisa que eu me amarro é em pensar em como será o futuro. Não, eu não tenho bola de cristal, nem leio tarô. Mas gasto boa parte do meu tempo refletindo e conversando com alguns amigos lunáticos sobre questões como:
- Como viverão as novas gerações?
- Como a indústria automobilística terá que se reinventar em um mundo em que o carro não é mais objeto de desejo?
- O que vai acontecer com a pecuária após a invenção da carne artificial?
- Como a indústria 4.0 vai impactar o índice de desemprego?
- Quais serão os negócios do futuro?
- Qual empresa será a próxima Kodak? (para quem não sabe, a Kodak inventou a fotografia digital e não lançou para proteger as vendas do filme fotográfico e foi para o buraco por causa disso)
- Será que um dia teremos uma frota estelar como no Star Trek?
Sim, você me pegou. Eu sou uma nerd.
Mas, calma lá! Essas viagens ao futuro vão além de um exercício de ficção científica. Elas servem para ganhar dinheiro. Sim, tem muita gente graúda olhando para isso antes de decidir onde colocar um bolo de dinheiro.
São executivos que buscam as macro tendências para redirecionar as grandes companhias. E investidores que estão de olho no que as empresas estão fazendo justamente para tentar comprar ações daquelas que serão os negócios do futuro (e fugir das futuras Kodaks).
Vou te dar um exemplo concreto de quem está fazendo isso: Philippe Rohner, gestor da suíça Pictet Asset Management, empresa que possui 17 escritórios espalhados pelo mundo e US$ 186 bilhões em ativos sob gestão. Ele escolhe quais ações comprar a partir de 14 mega tendências, como globalização e sustentabilidade.
A gestora vai lançar em breve um fundo no Brasil. A Bruna Furlani aproveitou a visita de Rohner a São Paulo para fazer uma entrevista exclusiva para o Seu Dinheiro.
Leia Também
O gestor contou como ele escolhe as ações que coloca na carteira e disse que já encontrou uma companhia que se encaixa nas mega tendências para investir no Brasil. Quer saber qual é? A Bruna te conta nesta reportagem.

Uma outra viagem
De volta ao presente, vamos a outra viagem. O presidente Jair Bolsonaro fez sua live de quinta-feira diretamente dos Estados Unidos. E uma fala de Bolsonaro pode deixar os investidores com a pulga atrás da orelha. Ele disse que pode rever a política de preços da Petrobras "se não prejudicar a empresa".
Da outra vez que Bolsonaro resolveu falar dos preços da Petrobras, “deu ruim” para o investidor. Como eu disse, não tenho bola de cristal para prever o que vai acontecer hoje. Mas certamente o comentário do presidente não ajuda a empresa a sustentar uma imagem de independência.
De volta pra casa
O que fizeram os brasileiros que receberam R$ 9 bilhões do Tesouro na quarta-feira? O Eduardo Campos foi investigar um pouco e concluiu que grande parte desse valor voltou para os cofres do Tesouro. O volume de compras no Tesouro Direto foi dez vezes maior que a média. Confira os detalhes.
Correu na frente
Antes mesmo do governo apresentar a sua proposta de reforma tributária, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode votar, na semana que vem, um outro projeto de mesmo teor. Trata-se da proposta apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), baseada nas ideias do economista Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Appy defende a criação de um novo tributo de bens e serviços, do tipo imposto de valor agregado (IVA), e um período de transição de 10 anos.
O Congresso está se adiantando ao governo federal, que já deu sinais de que pretende mandar sua própria proposta de reforma tributária. No caso da Previdência, vale lembrar que a equipe econômica de Bolsonaro preferiu deixar de lado a proposta de Temer (que seria mais fácil de aprovar) para tocar um projeto próprio. Saiba mais
Apertem os cintos
Com a piora nas estimativas de crescimento econômico para este ano e uma reforma emperrada, o governo vai precisar apertar os cintos mais ainda. Segundo o Estadão/Broadcast, agora é preciso um contingenciamento adicional de pouco mais de R$ 5 bilhões. A equipe econômica do governo, que busca alternativas, deve deixar os ministérios da Educação e da Saúde de fora dos novos cortes. Mas a data para o anúncio está próxima: dia 22, que é quando sai o relatório bimestral de receitas e despesas com as novas projeções para a economia e o Orçamento deste ano.
Custos: vamos evitar?

De todos os fatores que você pode controlar ao investir, retorno certamente não é um deles. Mas tem um que é bem fácil: custo. E quanto menores os custos das suas aplicações financeiras, menos a sua rentabilidade é sacrificada. A Julia Wiltgen conta quais os custos que você deve evitar de qualquer maneira na hora de investir.
A Bula do Mercado: um governo desnorteado

Apagar um incêndio por dia cobra o seu preço. A perda do capital político do presidente Jair Bolsonaro e a falta de habilidade do governo em contornar as seguidas crises leva a uma deterioração das expectativas em relação ao país e traz uma piora significativa aos negócios locais, com reflexo nos preços dos ativos.
Os problemas atuais do governo são inúmeros: protestos contra cortes na educação, as acusações de lavagem de dinheiro contra Flávio Bolsonaro, troca de farpas entre ministros e o PSL, além do desgaste na relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Para melhorar o humor do mercado, será preciso reverter a situação política e redirecionar o foco para a agenda de reformas.
Lá fora, a guerra comercial não dá trégua, com a China endurecendo o seu discurso e azedando ainda mais os mercados. A imprensa estatal chinesa informou que enquanto os EUA estiverem jogando seus "pequenos truques para perturbar o clima", as chances de negociações são mínimas. Os índices futuros amanheceram no vermelho em Nova York, enquanto as bolsas asiáticas sofreram fortes perdas.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia com queda de 1,75%, aos 90.024,47 pontos. O dólar encerrou a sessão com alta de 0,98%, a R$ 4,0357. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Agenda
Índices
- Zona do euro divulga inflação de abril
- Chile anuncia PIB do 1º trimestre
Política
- Ministros das Finanças da zona do euro se reúnem em Bruxelas
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
