Quais foram os sinais da Ata do Copom? Analista avalia comunicado do BC e recomenda títulos de renda fixa para buscar lucros acima da Selic
Segundo Laís Costa, da Empiricus, Ata do Copom teve “tom mais ameno”, mas ainda não deu sinais de queda nos juros

O Banco Central divulgou, nesta terça-feira (23), a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que a autarquia decidiu manter a Selic em 15% ao ano.
O documento é acompanhado de perto pelo mercado, que busca, nas entrelinhas, sinais sobre os próximos movimentos de política monetária.
De acordo com a analista Laís Costa, da Empiricus, a ata mostrou “maior convicção” do BC de que o cenário caminha conforme o esperado.
Sobre a inflação, a avaliação da autarquia de uma “dinâmica mais benigna em relação ao que se previa no início do ano” demonstra mais conforto com o ambiente, na visão da analista.
BC não dá sinais de queda da Selic
Por outro lado, o comitê relacionou a apreciação do real ao diferencial de juros. A taxa nos EUA está na faixa de 4% a 4,25% ao ano, contra 15% no Brasil, o que torna a Selic mais atraente, traz mais investimento para os títulos públicos brasileiros e faz com que o real se valorize perante ao dólar.
“Isso sugere a necessidade de manutenção das taxas em patamar elevado para a continuidade do processo de deflação”, explica Laís Costa.
O BC também adicionou uma nova frase na ata, enfatizando que o processo de reancoragem das expectativas “exige perseverança, firmeza e serenidade”.
Para a analista, o tom da Ata do Copom foi menos duro do que o comunicado do BC sugeriu na última quarta-feira (17), “embora a autarquia claramente se preocupe em não sinalizar o início do ciclo de corte”.
“Será muito importante acompanhar o Relatório de Política Monetária que será divulgado na próxima quinta-feira (25) para saber qual é a estimativa do BC em relação ao hiato no segundo trimestre de 2027, horizonte relevante de política monetária”.
Analista recomenda debêntures incentivadas para buscar lucros acima da Selic
Com o Banco Central reforçando a necessidade de manter os juros em patamar elevado, os ativos de renda fixa seguem em evidência.
Nesse contexto, além dos tradicionais títulos públicos, a analista também vê o investimento em debêntures incentivadas como uma boa opção para o momento.
Para os menos familiarizados com esses títulos, tratam-se de ativos que emprestam dinheiro para empresas realizarem algum projeto e, em troca, recebem determinados juros.
Na prática, esses investimentos possuem uma pitada adicional de risco em relação a ativos mais tradicionais como os CDBs e outros produtos bancários. Porém, o retorno oferecido também costuma ser maior.
Um dos títulos recomendados pela analista, por exemplo, tem uma rentabilidade nominal de 15,71% ao ano — acima, inclusive, da Selic.
Para que você tenha acesso aos melhores títulos de debêntures incentivadas do mercado, a analista montou uma carteira de crédito privado que reúne 5 recomendações que combinam diversificação entre diferentes emissores e retornos atrativos.
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