Petrobras (PETR4): O que explica a queda das ações em 2025? Veja se dividendos estão em risco
As ações da Petrobras sofreram com a guerra tarifária e suas consequências para o petróleo. Analista explica o cenário.

As ações da Petrobras (PETR4) registraram uma queda de X% no acumulado do ano, deixando os investidores da estatal preocupados. Ainda, o último trimestre de 2024 não animou o mercado com o balanço previsto para 12 de maio, que traz os resultados do 1T25.
Ruy Hungria, analista de dividendos da Empiricus Research, explica que o principal fator que tem influenciado negativamente o desempenho da empresa é a guerra tarifária entre EUA e China.
Se o petróleo não foi taxado, como a guerra tarifária o impacta?
Apesar de não ser diretamente taxado, o petróleo foi impactado pelas tarifas divulgadas por Donald Trump em 2 de abril, o que resultou em uma queda brusca das ações da Petrobras.

Hungria explica que esse movimento decorre do impacto sofrido nos países taxados, que agora sofrem com o risco de uma desaceleração econômica. Uma redução do consumo, naturalmente, gera uma queda na demanda da commodity.
“Cai a geração de riqueza de uma maneira geral, as pessoas começam a ganhar menos dinheiro e os países começam a ter menos e renda disponível. No final, você acaba reduzindo entre outras coisas o consumo de petróleo", diz o analista.
Petrobras e seus dividendos afetados com um petróleo mais baixo?
Conforme o custo de produção do barril de petróleo segue o mesmo mas o valor da commodity cai, a margem de lucro diminui, o que afeta diretamente o lucro líquido da estatal.
Por isso, a dúvida entre os investidores em PETR4 é: até onde a empresa consegue gerar caixa e, consequentemente, manter um bom patamar de dividendos com o petróleo em baixa?
“Nas nossas contas ela consegue gerar um pouco de caixa até o petróleo ficar um pouco acima dos US$ 50. Abaixo disso, começa a ser um cenário mais negativo, que é pouco provável”, afirma Hungria.
Atualmente, o petróleo Brent é negociado na casa dos US$ 62, o que ainda dá alguma margem de conforto para a Petrobras. Por outro lado, esse patamar já começa a afetar outras empresas menores do setor, as chamadas junior oils.
Por considerar o cenário do petróleo abaixo dos US$ 50 pouco provável, Hungria ainda vê a Petrobras como uma boa opção para os investidores focados em dividendos.
Veja como você pode buscar ganhos com dividendos de forma gratuita
Todos os meses, o analista Ruy Hungria, da Empiricus, garimpa a bolsa à procura das cinco melhores ações para buscar dividendos da bolsa brasileira.
A premissa é buscar ações de companhias maduras inseridas em grandes mercados, de qualidade, com vantagens competitivas e boa margem de segurança para os investidores.
“O objetivo é encontrar empresas que possuem capacidade de geração de caixa livre comprovada, permitindo a distribuição de proventos de forma sustentável ao longo do tempo, para que os acionistas possam se beneficiar do fenômeno dos juros compostos, potencializando o retorno total”, disse o analista.
A Petrobras (PETR4) foi uma das escolhas do analista para o mês. No entanto, existem outros quatro papéis garimpados que formam a carteira ideal para os investidores focados em proventos.
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