Petrobras (PETR4) deve ser ‘caronista’ do bom momento do Ibovespa, diz estrategista-chefe
Para Felipe Miranda, “é difícil ficar otimista com a bolsa brasileira e achar que a Petrobras (PETR4) vai mal”; entenda

Na visão do co-fundador e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, “é difícil ficar otimista com a bolsa brasileira e achar que a Petrobras (PETR4) vai mal”.
Isso porque a petroleira é, hoje, o segundo maior peso do Ibovespa, atrás apenas da Vale (VALE3). A estatal corresponde a 10,8% da composição do índice – 4,2% de PETR3 e 6,5% de PETR4.
“O investidor gringo que compra o Ibovespa, por exemplo pelo EWZ [ETF de Bolsa brasileira mais utilizado pelos estrangeiros], acaba sendo fluxo comprador de Petrobras mesmo sem querer”, explica Miranda.
Nesse sentido, o estrategista-chefe vê a Petrobras como “caronista” de um rali da Bolsa brasileira, que, na visão da Empiricus, deve continuar mesmo após a alta de 20% do Ibovespa no ano.
Isso se deve, segundo os analistas da casa, à combinação dos valuations ainda atraentes das ações locais com catalisadores expressivos, como:
- A saída de recursos dos EUA em direção a outros mercados – até o momento, o Brasil registrou entrada líquida de mais de R$ 20 bilhões vindos do exterior;
- O movimento global de queda de juros, já iniciado nos EUA;
- O trade eleitoral, com a possibilidade de um presidente mais alinhado ao mercado em 2026.
Além do bom momento da Bolsa: analista vê outros motivos para investir em PETR4
O fato de “pegar carona” no Ibovespa não é o único fator que torna as ações da Petrobras atraentes no momento.
Segundo o analista Ruy Hungria, da Empiricus, há “espaço para surpresas positivas”, principalmente relacionadas a:
- Revisão do Plano Estratégico
- O aumento da probabilidade de uma mudança no pêndulo político.
Sobre o primeiro ponto, rumores que circularam no mercado dão conta de que a petroleira pode reduzir em até US$ 8 bilhões as perspectivas de investimentos e gastos no próximo plano.
“Menos gastos e investimentos significam maior geração de caixa e, consequentemente, maior capacidade de distribuição de dividendos, o que deve agradar muita gente”, disse.
O analista explica que essa redução esperada é decorrente da queda nos preços do petróleo. Na época da divulgação do último Plano Estratégico, o petróleo tipo Brent era negociado na casa dos US$ 80 por barril. Atualmente, negocia na casa dos US$ 65.
“Desde que o último plano estratégico divulgado, muita coisa mudou nos planos da Petrobras. Donald Trump encheu o mundo de tarifas, as maiores economias globais começaram a desacelerar e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentou mês após mês a sua produção”, explicou o analista.
Com o preço da commodity em baixa, alguns projetos que eram viáveis passaram a pesar no orçamento.
“É importante destacar que muitos dos investimentos que estavam incluídos no plano anterior não eram realmente prioridade para a companhia, como projetos solares, eólicos, de etanol, entre outros, que podem aguardar um momento mais propício para os preços do óleo”, afirma Hungria.
Caso o rumor de redução no orçamento se confirme, a estatal poderá se concentrar nos ativos de Exploração e Produção de petróleo, o segmento mais rentável para a companhia e responsável por grande parte da distribuição de dividendos da Petrobras.
Outro ponto que pode agradar os investidores é uma possível mudança no pêndulo político nas próximas eleições presidenciais. Segundo Hungria, a vitória de um candidato alinhado ao mercado “traria forte reprecificação para as ações da Petrobras”, disse.
Adicionalmente, de acordo com o analista, o preço descontado das ações, aliado ao bom pagamento de dividendos, também são pontos relevantes para investir na tese.
“Por apenas 4x lucros e um dividend yield de 10%, há muito pessimismo embutido nos preços dos papéis”.
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