O governo está ‘punindo’ quem poupa? CEO da EQI comenta nova tributação sobre a renda fixa
Nova tributação da renda fixa acaba com isenção e muda cálculo do IR; entenda como títulos serão afetados

As aplicações de renda fixa no Brasil estão prestes a passar por uma mudança que promete afetar diretamente o bolso dos investidores de 2026.
No começo do mês passado, o governo publicou uma Medida Provisória ditando alterações na tributação dos investimentos no Brasil a partir de 1º de janeiro.
A MP ainda depende da aprovação do Congresso Nacional para se tornar lei, ou seja, o texto pode passar por mudanças até efetivamente entrar em vigor – mas, até o momento, a medida prevê mudanças na taxação de renda fixa, ações, criptoativos e fundos de investimento.
Mesmo assim, desde seu anúncio, a medida têm sido alvo de críticas por parte de figuras políticas e representantes do mercado – e tem causado confusão entre os investidores, que se perguntam de que maneira seus retornos serão afetados pela medida.
Juliano Custódio, CEO da EQI Investimentos, resume os efeitos da medida provisória: “O governo está tirando a vantagem de quem poupa.”
A seguir, confira os detalhes da medida e suas possíveis consequências.
O que muda e o que esperar da tributação da renda fixa?
O ponto-chave da mudança é a unificação das alíquotas de Imposto de Renda substituindo a tabela regressiva vigente.
Atualmente, aplicações em renda fixa como CDBs, Tesouro Direto e debêntures são tributados de acordo com a tabela regressiva, que estipula alíquotas entre 22,5% (para aplicações de até 180 dias) até 15% (para aplicações mantidas por mais de 720 dias).
Ou seja, no modelo atual, o investidor que mantém o dinheiro aplicado por mais tempo é beneficiado por uma alíquota menor no IR.
A proposta do governo, por sua vez, propõe uma alíquota única de 17,5% para todas as aplicações – o que acaba por beneficiar o investidor de títulos mais curtos, e prejudica quem investe em títulos de vencimento mais longo.
“Infelizmente, estamos pensando mais no curto prazo do que no longo prazo”, afirma Juliano Custódio.
As únicas exceções à alíquota única são os títulos atualmente isentos, como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, e debêntures incentivadas. Nesse caso, a alíquota passa a ser de 5% para emissões realizadas a partir de 2027 – o estoque atual segue isento de IR.
Mesmo assim, a tendência é que a medida reduza a atratividade desses títulos em relação a outras aplicações. Como consequência, é possível que o custo do crédito fique mais alto, e que os emissores passem a oferecer taxas mais altas para atrair investidores.
Então, diante desse novo cenário, quem investe em renda fixa precisa estar ainda mais atento à rentabilidade real dos títulos – ou seja, o quanto sobra no bolso depois do imposto.
Mais do que nunca, comparar alternativas e simular os ganhos líquidos se torna essencial para tomar decisões mais inteligentes e proteger seu dinheiro.
DESCUBRA QUAL A RENDA FIXA MAIS RENTÁVEL DEPOIS DA TRIBUTAÇÃO
Qual renda fixa vai ‘pesar mais’ no bolso? Confira a simulação
Para ajudar você a entender, na prática, como a nova tributação pode afetar seus investimentos e quais títulos continuam valendo a pena mesmo com o imposto, a EQI preparou um simulador gratuito.
Com ele, você pode comparar diferentes opções de renda fixa já considerando a nova alíquota e tomar decisões mais seguras com base no rendimento líquido de cada título.
Basta baixar o simulador gratuitamente (clique aqui ou no botão abaixo) e preencher as informações de cada investimento (ativo, indexador, taxa e vencimento).
Para fazer sua simulação gratuitamente, clique no link abaixo: