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Trump usará arsenal pesado contra o Brasil: declaração de emergência sobre tarifas pode sair a qualquer momento

O presidente dos EUA, Donald Trump, e os impactos para a bolsa brasileira. ação

Quando Donald Trump anunciou a tarifa de 50% contra o Brasil falando sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e citando uma caça às bruxas do governo brasileiro, despertou indignação nacional e internacional por interferir na soberania de um país. Agora, o republicano está disposto a usar argumentos econômicos para justificar a taxação. 

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Reportagem desta sexta-feira (25) publicada pela Bloomberg, com base em fontes próximas do assunto, indica que Trump estaria preparando uma nova declaração de emergência sobre as tarifas previstas para entrar em vigor em 1 de agosto. 

Segundo as fontes, Trump estaria muito incomodado com as críticas que recebeu por usar argumentos políticos para taxar o Brasil — país com quem os EUA têm superávit na balança comercial.

A nova declaração de emergência teria mais embasamento legal para dar ao governo norte-americano uma justificativa mais comercial e menos política para a taxação de Trump. 

A investigação dos EUA sobre o Brasil

No sentido de dar um ar mais econômico para as tarifas de 50% ao Brasil, o governo norte-americano ordenou uma investigação sobre as práticas comerciais brasileiras. 

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No último dia 15, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) iniciou uma investigação, com base na Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, para averiguar “se atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórias e oneram ou restringem o comércio dos EUA”. 

Na ocasião,o embaixador do comércio dos EUA, Jamieson Greer, detalhou as práticas brasileiras que motivaram a investigação.

"Após consultar outras agências governamentais, consultores credenciados e o Congresso, determinei que as barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil merecem uma investigação completa e, potencialmente, uma ação corretiva", escreveu Greer.

Em um documento mais detalhado, o USTR listou os pontos que considera serem mais importantes na análise — que vão de reclamações sobre o Pix  até queixas sobre o desmatamento ilegal.

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Na mesa de negociações

Enquanto isso, o governo brasileiro segue optando pela via tradicional — sem efeitos práticos até o momento. 

Nos últimos dias, representantes de Brasil e EUA mantiveram conversas para evitar a imposição das taxas de 50% e as reuniões devem continuar. 

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No último sábado, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, reuniu-se por teleconferência com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, na tentativa de ampliar laços comerciais e investimentos entre os países. 

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula disse que já foram realizadas mais de dez reuniões com os EUA para tratar das tarifas e que não houve avanços até o momento. 

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*Com informações da Bloomberg. 

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