🔴TRÊS ROBÔS CRIADOS A PARTIR DE IA “TRABALHANDO” EM BUSCA DE GANHOS DIÁRIOS – ENTENDA AQUI

Bruna Martins

Bruna Martins

Editora de conteúdo na Empiricus, grupo do qual fazem parte os portais Seu Dinheiro e Money Times. Jornalista formada pela Universidade de São Paulo com passagens por Metro Jornal SP e Casa Vogue, além de experiência em comunicação corporativa e assessoria de imprensa.

TODO MUNDO VAI SOFRER

O raio-x da Moody’s para quem investe em empresas brasileiras: quais devem sofrer o maior e o menor impacto dos juros altos

Aumento da Selic, inflação persistente e depreciação cambial devem pressionar a rentabilidade das companhias nacionais em diferentes graus, segundo a agência de classificação de risco

Bruna Martins
Bruna Martins
6 de fevereiro de 2025
18:50 - atualizado às 18:47
B3, bolsa de valores, ações, mercados, brasil, dividendos, empresas, ibovespa, investir resultados balanços
Imagem: iStock/Ca-ssis

Marília Mendonça já dizia em uma música famosa que “ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer” – e isso pode ser, de certa forma, aplicado ao mercado brasileiro em 2025. O aumento das taxas de juros, a inflação persistente e a depreciação cambial formam a receita para pressionar a rentabilidade das empresas nacionais. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É por isso que o investidor de ações precisa saber onde essa “tempestade perfeita” deve chegar com mais ou menos força – ou seja, quais empresas sofrerão de forma maior ou menor o impacto do cenário macroeconômico. E a Moody’s tem seus palpites. 

Em relatório divulgado nesta quinta-feira (6), a agência de classificação de riscos revelou que, entre as empresas não financeiras com rating de crédito, o aumento do câmbio terá implicações maiores para aquelas que dependem de um real forte para manter o fluxo de caixa, além de terem grande parte da dívida em dólares.

VEJA MAIS: Onde investir em fevereiro? Analistas revelaram gratuitamente as principais recomendações de ações, FIIs, BDRs e criptomoedas para buscar lucros

“Os setores com alta alavancagem, como o imobiliário, serviços públicos e telecomunicações, são particularmente vulneráveis, porque geralmente dependem de financiamento baseado em dívida local significativa para manter suas operações e gastos de capital”, afirmam os analistas. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dentre as empresas avaliadas pela Moody’s e listadas na B3, a que tem maior risco de crédito neste cenário é a Azul (AZUL4)

Leia Também

“A companhia aérea corre o risco de sofrer um duplo impacto em sua já apertada liquidez, devido ao efeito da depreciação do real sobre os custos e sua dívida denominada em dólares”, dizem os analistas.  

A agência também destaca que a Azul tem exposição alta à depreciação cambial, mas sua exposição à dívida com taxa flutuante – aquela variável e que conta com a taxa interbancária mais um spread – é baixa, de um modo geral.

Vale lembrar que a Azul enfrenta um processo de reestruturação financeira e, nesta semana, anunciou o aumento de capital de até R$ 6,1 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, ela também está prestes a apresentar documentação para um processo de fusão com a Gol (GOLL4), controlada pela Abra.

Em entrevista nesta manhã, o ministro de Porto e Aeroporto, Silvio Costa Filho, disse que o processo de fusão entre as empresas deve ser concluído em um prazo de 12 meses, segundo cálculo do governo. As ações AZUL4 fecharam o dia cotadas a R$ 3,93, numa alta de 3,93%.

As companhias com médio grau de risco, segundo a Moody’s

Outras companhias listadas na B3 e avaliadas pela agência têm um grau médio de risco de impacto do crédito.

É o caso da Raízen (RAIZ4), que tem um risco relativamente alto em consequência de um enfraquecimento do real ou de taxas mais elevadas, mas ainda conta com uma ampla liquidez para suportar esse período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Além disso, as vendas dos produtores de commodities e dos exportadores são precificadas em dólar dos EUA, e serão beneficiadas por receitas futuras mais altas em reais”, explicam.

VEJA TAMBÉM: SLC Agrícola (SLCE3) e +2 ações brasileiras são as favoritas dessa analista para buscar lucros em fevereiro; confira gratuitamente

Outras empresas que têm risco médio de crédito, protegidas por “colchões” sobre suas métricas ou por uma boa liquidez, segundo a Moody’s, são: Cosan (CSAN3), Movida (MOVI3), Simpar (SIMH3) e Hidrovias do Brasil (HBSA3)

“Por outro lado, Marfrig (MRFG3) [excluindo BRF] e CSN (CSNA3) enfrentam desempenho operacional mais difícil e apresentam métricas de crédito mais fracas, apesar da baixa exposição às taxas de juros e de câmbio”, destaca a agência. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Risco de crédito baixo

A Moody’s ainda revela, em seu relatório, outras companhias avaliadas que podem sofrer um impacto de crédito de grau baixo no cenário macroeconômico desenhado. 

Vale ressaltar, aqui, que todo o estudo realizado pela agência considera o cenário-base de Selic a 15% ao ano e taxa de câmbio a US$ 6,20

Algumas das empresas citadas no relatório são: Petrobras (PETR4), Vale (VALE3), Gerdau (GGBR4), Suzano (SUZB3), Braskem (BRKM5) e JBS (JBSS3)

A agência ainda faz menção a companhias como a locadora de veículos Localiza (RENT3), a empresa de logística RUMO (RAIL3), a Ambev (ABEV3) e a fabricante de aviões Embraer (EMBR3). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

‘Protegidas’ pelo hedge cambial

A agência de classificação de risco esclarece que as empresas brasileiras de infraestrutura têm risco limitado em meio a um enfraquecimento do real.

Isso acontece em consequência de seus hedges naturais, uma vez que sua receita e dívida são denominadas em dólares ou elas usam mecanismos de hedge para aliviar o risco cambial.

E MAIS: Os melhores ativos para investir com a alta da Selic – analistas explicam como capturar lucros na renda variável em meio à taxa básica de juros em 13,25%

“A maior parte delas tem alguma exposição ao aumento das taxas de juros, mas vários fatores mantêm o risco de crédito baixo de um modo geral”, destaca. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Exemplos dessas companhias são duas elétricas “famosas” da bolsa: a Eletrobras (ELET6) e Cemig (CMIG4).

Por fim, os bancos

É claro que os bancos constituem outra parcela profundamente afetada no setor empresarial pelo aperto monetário.

Segundo os analistas, as taxas de juros mais altas afetam as margens líquidas de juros de forma diferente entre essas instituições, de acordo com a carteira de empréstimos de cada um e sua capacidade de reavaliar tais empréstimos em resposta ao aumento dos custos de captação.

Os bancos com exposição significativa a empréstimos de taxa fixa de longa duração enfrentam dificuldades para se ajustar a um aumento dos custos de captação durante um ciclo de aperto monetário, de acordo com a agência. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Um limite regulatório para empréstimos consignados para aposentados e pensionistas manterá as margens dos bancos reduzidas, uma vez que eles dependem mais desses empréstimos. Isso provavelmente forçará alguns a reduzir a originação de empréstimos, reduzindo seus volumes de negócios e, finalmente, seus resultados financeiros.”

Diante disso, algumas das instituições bancárias avaliadas que possuem uma dependência relativamente alta desses empréstimos consignados, segundo a Moody’s, são: Banco BMG (BMGB4), Banco Mercantil (BMEB4), Banco do Estado do Rio Grande do Sul (BRSR6) e Banco de Brasília (BSLI4).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509

19 de agosto de 2025 - 13:07

Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip

BALANÇO DOS BALANÇOS

Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar 

19 de agosto de 2025 - 7:03

Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses

EM REESTRUTURAÇÃO

Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)

19 de agosto de 2025 - 6:04

Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital

MAIS UM CAPÍTULO

Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal

18 de agosto de 2025 - 20:00

De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda

BAIXANDO A TEMPERATURA

Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)

18 de agosto de 2025 - 19:04

Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)

MENOS É MAIS

David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento

18 de agosto de 2025 - 17:29

A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA

BALANÇO

Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano

18 de agosto de 2025 - 17:15

A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado

AGORA VAI?

Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data

18 de agosto de 2025 - 15:51

Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações

O BC ESTÁ DE OLHO

Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos

18 de agosto de 2025 - 15:00

Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança

A DESPEDIDA ESTÁ MAIS PRÓXIMA

Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa

18 de agosto de 2025 - 12:59

A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários

BOM COMEÇO DE SEMANA

Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol

18 de agosto de 2025 - 12:17

Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados

CRESCIMENTO SEM FIM?

Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3

18 de agosto de 2025 - 12:11

A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano

INTERDITADO

Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira

18 de agosto de 2025 - 9:32

A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos

TEMPO DE TURBULÊNCIAS

Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança

17 de agosto de 2025 - 15:11

Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo

O FILME QUEIMOU

Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado

17 de agosto de 2025 - 11:39

Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência

BATATA ESQUENTANDO

Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente

16 de agosto de 2025 - 17:09

Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo

TERMOS DEFINIDOS

Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias

16 de agosto de 2025 - 16:38

Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação

NOVOS (VELHOS) NEGÓCIOS

Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal

16 de agosto de 2025 - 12:27

Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano

ATENÇÃO, ACIONISTAS

Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos

15 de agosto de 2025 - 18:15

A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano

OI, SUMIDA

Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas

15 de agosto de 2025 - 17:23

A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar