Depois de Lula bater na porta de Zuckerberg, Meta responde governo sobre política de conteúdo — e novo ministro solta o verbo contra a empresa
Em carta, a Meta afirma que mudanças afetam apenas os EUA, por enquanto. Em resposta, Sidônio Palmeira, novo ministro da Secom, defende a regulação do ambiente digital e participação ativa da secretaria nas discussões sobre a nova política de conteúdo
Se você estava se perguntando se as mudanças da Meta sobre o controle de conteúdo valeriam para o Brasil, a própria holding responsável por Facebook, Instagram e WhatsApp esclarece a dúvida. Depois de receber um prazo de 72 horas do governo Lula para se posicionar sobre as alterações, preciso de quatro páginas de uma carta para se justificar.
No documento, a Meta afirmou que o fim do Programa de Verificação de Fatos por agências independentes — substituído pela política de "notas da comunidade", já usada na rede X — será aplicado, por enquanto, apenas nos Estados Unidos.
Mas isso não significa que o Brasil está fora do radar. O modelo, segundo Zuckerberg, foi desenhado para ser testado em solo americano antes de possivelmente ganhar escala global.
Outro ponto levantado na carta foi a atualização da "Política de Conduta de Ódio". Agora, usuários podem associar temas como orientação sexual e questões de gênero a doenças mentais, entre outros tópicos controversos.
A justificativa da Meta é garantir "maior espaço para a liberdade de expressão" e abrir caminho para um debate mais amplo sobre assuntos que movimentam a sociedade.
Apesar das mudanças, a empresa garantiu que políticas contra incitação à violência ou ameaças à segurança permanecem intactas.
Leia Também
Além disso, reafirmou o compromisso com a proteção do público jovem, assegurando que as medidas de segurança continuarão sendo aplicadas de forma consistente.
Por fim, a Meta destacou que os canais de denúncia seguem ativos e que os sistemas automatizados de detecção de violações serão focados em casos de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil e fraudes.
"As mudanças anunciadas visam a simplificar nossos sistemas para reduzir erros e exageros na aplicação de nossas políticas", argumentou a companhia.
Preparando o campo de batalha
Antes mesmo de mudanças no cenário digital brasileiro, o governo já se prepara para um possível embate com a empresa. Após a reação de diversos integrantes do governo Lula, agora foi a vez do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira.
Na terça-feira (14), dia de sua posse, Sidônio criticou publicamente a decisão da empresa liderada por Mark Zuckerberg. "Medidas anunciadas recentemente pela Meta são ruins, porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional", afirmou.
A declaração vem após o governo brasileiro questionar a Meta sobre as mudanças nas políticas de moderação de conteúdos nos EUA e se elas seriam aplicadas no Brasil. A resposta da empresa já está sob análise da Advocacia Geral da União (AGU) e Sidônio confirmou que a Secom participará das discussões com o órgão sobre o tema.
A AGU agendou para a próxima semana uma audiência pública para debater os impactos da nova política implementada pela Meta. A data e o horário da reunião ainda serão definidos pelo órgão.
Meta e a regulamentação das redes
Essa não foi a primeira vez que o novo ministro se posicionou sobre o ambiente digital. Após participar de um ato político no Palácio do Planalto, Sidônio defendeu a regulação das redes sociais.
"É preciso ter uma regulamentação das redes sociais. Isso já acontece na Europa e em outros países. Por que os EUA barram o TikTok e a China regula suas redes, mas nós ficamos expostos a tudo isso? Essa é a pergunta", argumentou.
O ministro demonstrou preocupação com o ambiente digital em seu discurso.
"O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo. Mas esse trabalho não está sendo percebido por parte da população. A população não consegue ver o governo nas suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais fomentada pela extrema direita cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade", disse após citar uma série de conquistas do atual governo.
Sidônio também apontou que a liberdade de expressão tem sido distorcida por grupos extremistas. "Defendemos a liberdade de expressão. Lamentamos que o extremismo esteja distorcendo esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação", ressaltou.
O novo ministro assumiu o cargo com a missão de reposicionar a comunicação do governo, substituindo Paulo Pimenta em meio a críticas à estratégia anterior. Sidônio tem carta branca para atuar em diversas frentes, incluindo articulações com outros ministérios, e prometeu incentivar processos regulatórios e garantir o acesso à informação para a população.
"A comunicação é guardiã da democracia", disse. "Vamos combater a desinformação e garantir que as conquistas do governo cheguem à ponta."
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo