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Bruna Charifker Vogel

Bruna Charifker Vogel

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo/USP e mestre em Estudos Latino Americanos e Caribenhos pela New York University/NYU, é redatora do Seu Dinheiro. Com mais de 15 anos de experiência em análise, fortalecimento e desenvolvimento de políticas públicas no Brasil e nos Estados Unidos, fez transição de carreira para o mercado financeiro, atuando nas áreas de comunicação interna, DEI, T&D, employer branding e cultura organizacional.

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

Bruna Charifker Vogel
Bruna Charifker Vogel
29 de abril de 2025
9:15 - atualizado às 8:52
LME sustentabilidade metais verdes
A formalização de prêmios de sustentabilidade deve impulsionar a indústria global de metais, criando novas referências de valor para práticas sustentáveis - Imagem: iStock/enviromantic -

A Bolsa de Metais de Londres (LME, na sigla em inglês), maior mercado global de metais, anunciou que está desenvolvendo um prêmio de preço para metais sustentáveis

A proposta abrange quatro commodities – alumínio, cobre, níquel e zinco – e visa atender à crescente demanda do setor para diferenciar materiais de baixo impacto ambiental daqueles produzidos por práticas consideradas mais poluentes, segundo a LME.

De acordo com a exchange, ao estabelecer diferenciais de preço vinculados à sustentabilidade, o mercado poderá reconhecer de forma transparente o valor dos metais de baixo impacto ambiental, impulsionando o crescimento de cadeias produtivas mais responsáveis.

“Estamos apresentando propostas que acreditamos que apoiarão a formação de prêmios de sustentabilidade acessíveis a todo o mercado”, disse Matthew Chamberlain, CEO da LME. 

“Esses prêmios desbloquearão o valor associado à sustentabilidade e têm o potencial de impulsionar o desenvolvimento do mercado de metais mais sustentáveis. Além disso, a maior resiliência demonstrada pelas cadeias de suprimentos sustentáveis oferece uma conexão importante com a agenda global de minerais críticos.”

Como funcionará o “price premium” da LME? 

Prêmio de preço (em inglês, "price premium") é o valor adicional que um comprador está disposto a pagar além do preço de referência de um produto por alguma característica diferenciada — como melhor qualidade, origem sustentável, menor impacto ambiental, marca mais reconhecida, entre outros.

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No caso da proposta anunciada pela Bolsa de Metais de Londres, o prêmio de preço se refere a um valor extra pago para comprar metais produzidos de forma mais sustentável (com menor emissão de carbono, boas práticas ambientais e sociais, etc.).

Ou seja, o alumínio, cobre, níquel ou zinco "verde" teria um preço acima do metal comum, justamente para refletir o custo e o valor agregado dessas práticas responsáveis.

A proposta da LME é baseada em três pilares:

  1. Critérios de sustentabilidade rigorosos: Cada metal terá parâmetros específicos, que combinam limites de pegada de carbono — medidos por metodologias internacionais reconhecidas — e certificações independentes de boas práticas ambientais e sociais.
  2. Registro via LMEpassport: Para serem elegíveis, as marcas de metais precisarão enviar toda a documentação de suas credenciais sustentáveis através do sistema LMEpassport, garantindo transparência e rastreabilidade.
  3. Descoberta de preços via Metalshub: Os metais que cumprirem os critérios poderão ser negociados na plataforma Metalshub, especializada em commodities sustentáveis. A plataforma já é usada para a negociação de níquel de baixo carbono, em projeto iniciado em 2024 com a própria LME.

Além disso, será criada uma administradora de preços independente, responsável por consolidar os dados de transações e publicar regularmente os prêmios de preço de metais sustentáveis. Essa administradora também definirá políticas e regras para o funcionamento do sistema e receberá contribuições dos participantes do mercado.

A LME definiu requisitos específicos para classificar metais como sustentáveis, combinando metodologias de pegada de carbono desenvolvidas por associações setoriais e certificações de terceiros específicas para cada commodity. Esses critérios visam garantir que apenas metais com comprovação técnica e auditoria independente sejam reconhecidos como sustentáveis.

Recepção positiva do mercado

A proposta da LME foi bem recebida entre representantes da indústria e investidores. Para Frank Jackel, cofundador e diretor-gerente da Metalshub, a integração de dados de sustentabilidade nos processos de negociação é fundamental para que metais responsáveis sejam corretamente valorizados. 

"Isso ajuda o mercado a caminhar para um futuro mais verde e responsável", disse em comunicado oficial.

A LME informou que seguirá em diálogo com diferentes stakeholders do mercado físico para refinar a proposta. Atualizações sobre o progresso serão divulgadas ao longo do ano.

A expectativa é que a formalização dos prêmios de sustentabilidade se torne um importante motor de transformação para a indústria global de metais, estabelecendo novas referências de valor para práticas sustentáveis.

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