Sem Nova York, os mercados costumam andar de lado — a liquidez é baixa e a agenda global esvaziada também não ajuda. Ainda assim, o Ibovespa seguiu renovando máximas nesta sexta-feira (4). A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com relação ao imposto sobre operações financeiras (IOF) é o motor dos ganhos por aqui.
Moraes determinou a suspensão dos efeitos tanto dos decretos do governo Lula sobre o aumento do IOF, como do decreto legislativo que derrubou a medida do governo.
Na decisão, Moraes cita que o "indesejável embate entre medidas do Executivo e Legislativo, com sucessivas e reiteradas declarações antagônicas contraria fortemente" o princípio constitucional que "determina a independência dos Poderes e exige a harmonia entre eles".
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Depois de começar o dia no zero a zero e migrar para o negativo, influenciado pelas perdas do petróleo e das bolsas europeias, o Ibovespa passou a renovar máximas no fim da manhã.
Com isso, o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,24%, aos 141.263,56 pontos — uma nova máxima no fechamento. Na quinta-feira (3) foi a primeira vez que o Ibovespa superou a marca dos 141 mil pontos.
Com isso, o índice deve fechar a semana com ganhos acumulados de 3,21%, no que foi seu melhor desempenho desde a semana entre 22 e 25 de abril.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com alta de 0,37%, cotado a R$ 5,4248. Na semana, no entanto, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,06%.
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Sem bolsa nos EUA, mas tarifas no radar
A bolsa de Nova York encerrou o pregão mais cedo na quinta-feira (3) e não funcionou nesta sexta-feira (4) por conta do feriado do Dia da Independência dos EUA.
Ainda assim, as negociações tarifárias norte-americanas continuam no radar dos investidores. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse pode anunciar mais acordos comerciais similares ao firmado com o Vietnã.
Vale lembrar que na próxima quarta-feira (9) acaba o prazo dado por Trump para que as negociações tarifárias sejam concluídas.
Em meio a essa aproximação, as bolsas europeias caíram em sua maioria. O índice de referência Stoxx 600 recuou 0,50%, enquanto as bolsas de Frankfurt e Paris baixaram 0,60% e 0,80%, respectivamente. Londres foi a exceção ao encerrar o dia próxima da estabilidade, com leve variação positiva de 0,01%.
Enquanto isso, o contrato do petróleo Brent para setembro caiu 0,73%, a US$ 68,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O WTI para agosto recuou 0,75%, a US$ 66,50. Já o minério de ferro fechou em alta de 0,62% em Dalian, na China.