Negócio de R$ 1,75 bilhão atrai ainda mais valor para FII que já devia estar na sua carteira, segundo analista; veja qual

Uma das maiores aquisições de ativos na história recente do setor imobiliário está prestes a ser realizada. O fundo imobiliário (FII) BTG Pactual Logística (BTLG11) anunciou o interesse em fechar a compra de um portfólio composto por 11 imóveis, no valor total de R$ 1,75 bilhão.

Segundo comunicado do fundo, todos os empreendimentos estão prontos e em operação, com uma área total de 550 mil metros quadrados. 

Não foi informado o nome do vendedor. O que se sabe, pelo comunicado, é que os 11 condomínios logísticos estão “preponderantemente localizados em São Paulo”, sendo que 93% da receita gerada pelos espaços é proveniente de galpões posicionados num raio de até 60 km da capital.

É claro que essa notícia não passou batida pelo mercado – e estampou diversas manchetes em portais econômicos nesta terça (16). 

Afinal, negócios dessa magnitude não acontecem todo dia nesse setor. E, além disso, o BTG Pactual Logística (BTLG11) já é um dos maiores fundos de tijolo da indústria, com portfólio composto atualmente por 23 imóveis distribuídos em seis estados brasileiros. 

Vale lembrar que o FII levantou a impressionante quantia de R$ 1,5 bilhão em sua última oferta de cotas, realizada em fevereiro.

E para você, investidor, tudo isso pode ser um sinal de que é hora de colocar esse FII na carteira. Pelo menos é nisso que acredita o analista Caio Araujo, da Empiricus Research (empresa do grupo BTG Pactual), que já recomenda a compra de BTLG11 há alguns meses. 

O analista, que é especializado em mercado imobiliário, participou da edição de hoje (17) do programa Giro do Mercado para discutir todos os detalhes do negócio. Segundo ele, “essa aquisição deve agregar um rendimento interessante ao fundo no curto prazo”.

Veja mais detalhes sobre o negócio anunciado pelo FII BTG Pactual Logística (BTLG11)

O comunicado enviado pelo BTG Pactual Logística expõe mais alguns detalhes sobre o negócio bilionário.

O pagamento dos 11 ativos logísticos se dará em duas parcelas, sendo a primeira (65%) no valor de R$ 1,14 bilhão, paga na data de fechamento do acordo, e a segunda (35%) de R$ 610 milhões, a pagar após 18 meses e com correção pelo IPCA do período.

“O pagamento parcelado acompanha o recebimento integral das receitas a partir da data de fechamento, o que proporcionará ao fundo uma rentabilidade mais elevada até o pagamento da parcela final”, descreveu o fundo.

Segundo Caio Araujo, essa “estratégia” de parcelamento realmente favorece os rendimentos no curto prazo, e por isso tem sido amplamente adotada pelos FIIs de tijolo.

Considerando o valor vigente dos imóveis performados, o BTG Pactual Logística acrescenta que o cap rate da transação (razão entre o faturamento anual com aluguéis sobre o valor de venda do imóvel) ficará entre 9% e 10%.

Consolidação como um dos maiores FIIs de tijolo da indústria

Ainda não se tem mais detalhes a respeito dos ativos a serem adquiridos pelo BTG Pactual Logística (BTLG11), uma vez que o negócio não foi concluído. No entanto, para Caio Araujo, “o valor por metro quadrado parece interessante e o cap rate da aquisição também”.

Também nesta semana, o BTLG11 anunciou a venda de dois galpões localizados em Guarulhos, São Paulo, e em Feira de Santana, na Bahia, com um cap rate de 8%.

Segundo Caio, essas duas transações devem gerar um provento extraordinário de R$ 0,82 por cota aos acionistas.

“O BTLG11 tem feito um bom trabalho de reciclagem de carteira, inclusive com aumento de ABL (área bruta locável)”, diz o analista, que vê com bons olhos as operações recentes do FII.

Vale destacar que, com a conclusão da compra dos 11 ativos, o FII chegará a uma ABL total superior a 1 milhão de metros quadrados – e se consolidará como um dos maiores FIIs de tijolo da indústria. 

E todas essas boas notícias recentes do BTG Pactual Logística (BTLG11) reforçam a presença dele na carteira de fundos imobiliários recomendados pelo analista Caio Araujo, da Empiricus.

Com perspectivas de dividendos de até 9%, BTLG11 é um dos ‘top FIIs’ para comprar agora

Caio Araujo mantém nesta carteira de FIIs apenas os “top picks” dos fundos imobiliários: aqueles que têm o maior potencial de geração de renda com valorização das cotas + pagamento de dividendos. 

E não é diferente com relação ao BTLG11. Nas contas do analista, as cotas desse FII podem valorizar cerca de 2% ainda em 2024. Além disso, ele também estima que os dividendos cheguem a até 9%. 

É por isso que, para Araujo, esse é um dos fundos imobiliários que não podem faltar no portfólio do investidor brasileiro agora.

Junto com ele, a carteira recomendada do analista ainda traz outros 4 FIIs com potencial de lucro aos cotistas. Um deles, inclusive, tem um retorno estimado em até 24,2% – somando o potencial de valorização das cotas e de pagamento de proventos. 

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