Fed voltou atrás? Analista revela onde investir depois da ata da última reunião

Se 2023 terminou com ânimo nas bolsas americanas, com Nasdaq e S&P500 chegando perto ou até mesmo superando suas máximas, a primeira semana de 2024 se encerra com o Fed segurando a euforia dos investidores.

De acordo com o analista Enzo Pacheco, da Empiricus Research, não é muito prudente esperar por seis cortes de juros na economia americana em 2024.

Para ele, o Fed reconheceu suas vitórias recentes contra a inflação, mas ainda com muita cautela.

Um dos principais indicadores que preocupam o Fed é o payroll, que indica o desemprego dentro dos EUA. Nesta sexta-feira, o Departamento do Trabalho divulgou que foram criadas 216 mil vagas.

Ou seja, o mercado de trabalho está mais aquecido que as projeções.

Pode parecer estranho, mas esse é um sinal considerado negativo. Quando o desemprego está alto, os salários tendem a estagnar ou diminuir, reduzindo os custos para as empresas. Isso pode eventualmente levar a menores pressões inflacionárias, já que os custos de produção diminuem.

A grande questão aqui é que, com esse novo elemento na mesa, o Fed pode endurecer o seu discurso e manter a taxa de juros elevada por mais tempo.

Na opinião de Pacheco, os investidores deveriam ter isso em mente. Para o analista, existem três cenários possíveis:

1. Seis cortes de juros em 2024, já começando em março (mais improvável)
2. Três cortes em 2024, começando em maio (mais provável)
3. Nenhum corte em 2024 (também improvável e extremamente preocupante se acontecesse)

Agora, não é por isso que não há boas oportunidades para investir no mercado americano. Muito pelo contrário.

Veja quais ações americanas comprar no momento atual dos EUA

Para o momento atual, “a intenção é ter uma carteira diversificada, dentre os mais diversos setores da economia – aliando nomes defensivos a outros mais cíclicos.”

Por isso, uma das apostas para janeiro é a Apple (AAPL34). Em um momento de incertezas, é sempre bom ter na carteira um pedacinho da maior empresa de produtos de consumo do mundo.

Com quase US$ 3 trilhões em valor de mercado, a companhia se consolidou como a maior empresa de produtos de consumo do mundo e uma das líderes em inovação no setor.

Desde 2013, os BDRs da empresa já entregaram mais de 2.070% de valorização. O suficiente para transformar cada R$ 1.000 investidos em mais de R$ 21 mil.

Claro que retorno passado nunca é garantia de retorno futuro — mas ter essa valorização em mente é bom para não esquecermos do que a empresa já entregou para seus acionistas brasileiros

O principal produto da companhia segue sendo o iPhone, que representa quase 45% da receita total da companhia.

“No entanto, parte relevante da tese de investimento está ligada a uma maior monetização dos dispositivos ativos de seu ecossistema, por meio dos diversos serviços que a empresa oferece”, explica Enzo.

Ou seja, na visão da Apple ainda tem mais dinheiro pra ser feito dentro do mercado.

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Mas, como eu disse, o analista selecionou 10 ações americanas com potencial relevante para 2024. Essa é apenas uma delas.

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