“É inconcebível ter 0% de investimento no exterior”, diz analista da Empiricus Research; entenda o motivo
De acordo com Enzo Pacheco, não vale a pena focar no Brasil tendo em vista que o risco fiscal aqui é maior e há menos opções disponíveis na bolsa
Montar uma carteira de investimentos pode ser uma tarefa árdua. Mesmo quem tem conhecimentos avançados sobre finanças costuma quebrar a cabeça para tomar decisões a respeito da composição ideal.
Além de pensar em uma diversificação entre diferentes setores e ativos, também é necessário ficar atento às oportunidades que estão ‘escondidas’.
Afinal de contas, nem sempre a ação com maior potencial lucrativo é aquela de uma empresa próxima a você.
Às vezes, o papel capaz de encher o seu bolso está em outro país.
Além disso, quanto mais concentrada for uma carteira, seja em classe de ativos, setores ou mesmo localização, mais exposta ao risco ela está.
É por isso que o analista Enzo Pacheco, da Empiricus Research, é categórico ao afirmar que grandes economias não podem ser ignoradas durante esse processo.
Segundo ele, “é inconcebível ter 0% de investimento no exterior”.
Por que não é recomendado investir apenas no Brasil?
O especialista explica que, investindo nos Estados Unidos, por exemplo, é possível ter acesso a uma enorme gama de organizações que não estão presentes na bolsa de valores brasileira (B3).
O nível de disparidade em termos de opções é tão grande que, enquanto há cerca de 445 empresas de capital aberto aqui, na maior potência da América Norte são mais de 4 mil.
Elas não só estão em maior número, como também possuem mais recursos.
Juntas, as principais ‘big techs’ (Amazon, Apple, Alphabet, Meta e Microsoft) valem mais do que todas as companhias da B3 somadas.
Fora do Brasil, é possível investir em áreas estratégicas, como a que fornece os insumos necessários para pôr de pé as inteligências artificiais, que estão bombando nos últimos meses.
“O setor de semicondutores está subindo mais de 25% em dólar. Levando em conta a variação em relação ao real desde o começo do ano, os ganhos [para os brasileiros que investem no exterior] são ainda maiores”, exemplifica Pacheco.
Investir no Brasil exige atenção redobrada
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a fragilidade da economia brasileira.
“Além da perda massiva de valor da nossa moeda, hoje o Brasil infelizmente é um dos piores destinos do mundo para os investimentos”, de acordo com o CEO do Grupo Empiricus, Caio Mesquita.
Ele lembra que, recentemente, fomos temas de matérias como:
Fonte: Diário do Poder
Fonte: Gazeta do Povo
Por isso, é preciso sempre manter a atenção redobrada e buscar alocar os investimentos em regiões mais estáveis.
Qual é a fatia ideal de investimentos externos?
Em relação à quantidade mais adequada de papéis internacionais para se ter na carteira, Pacheco afirma que depende do momento de vida do investidor, seus objetivos e sua sensibilidade a riscos.
Uma pessoa que pretende morar nos Estados Unidos, por exemplo, deveria ter um percentual considerável de seu patrimônio em dólar.
Quem não gosta de ver o ‘sobe e desce' das cotações, por sua vez, precisa lembrar que há tanto a variação do ativo quanto do câmbio.
Já para o indivíduo que está perto de se aposentar, o mais indicado é se concentrar em opções seguras, como títulos de renda fixa.
O investidor Global: confira o plano de investimentos montado pelos maiores especialistas do país
Em breve, a Empiricus Research irá disponibilizar um plano simples e prático para investir no exterior.
O objetivo é ajudar brasileiros que desejam buscar lucros fora do país e em uma moeda forte, com tendência de valorização como o dólar.
Quem acessar o material criado pela casa de análise terá “de bandeja” um relatório com as recomendações dos melhores papéis disponíveis no mercado, além de métodos aprimorados por profissionais renomados.
Em resumo, trata-se de um verdadeiro guia de como se expor de forma estratégica a uma das maiores economias do mundo e fugir da instabilidade brasileira.
Na segunda-feira (17), essa iniciativa será apresentada junto a um documentário chamado de “O Investidor Global”.