PETR4 volta ao ranking global de dividendos – e projeto de Lula ao Congresso pode turbinar proventos da estatal
Analistas do BTG Pactual detectaram uma proposta que pode representar um impacto de 7% nas estimativas da casa para os dividendos da Petrobras (PETR4) em 2025
A Petrobras (PETR4) voltou a aparecer no ranking das maiores pagadoras de dividendos do mundo.
Segundo dados da gestora Janus Henderson, após a distribuição dos US$ 4,18 bilhões a petroleira estatal voltou a protagonizar entre as 20 principais distribuidoras de proventos no segundo trimestre.
Contudo, a Petrobras (PETR4), que foi a número 1 dessa lista em 2022, agora ocupa uma posição bem mais modesta, o 13º lugar.
A notícia pode ter pegado muitos investidores de surpresa. Afinal, desde que o “Lula III” começou, houve muitos questionamentos e até mesmo ameaças aos dividendos da companhia.
Mas agora parece que o próprio presidente Lula, que criticou diversas vezes o tamanho da distribuição de proventos da Petrobras, está mudando de ideia sobre o assunto.
Recentemente, o presidente encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta que, na avaliação dos analistas do BTG Pactual, pode representar uma distribuição de dividendos 7% superior às estimativas de banco para 2025.
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O que Lula pretende fazer com os dividendos da Petrobras?
Embora Lula já tenha expressado uma opinião negativa sobre o pagamento de dividendos da Petrobras diversas vezes, outro movimento do presidente parece indicar o contrário.
Antes mesmo da petroleira estatal voltar ao ranking das maiores pagadoras de dividendos do mundo, no início do mês, o Governo Federal divulgou o seu Projeto de Lei Orçamentária de 2025 (PLOA).
No documento, uma informação específica chamou a atenção dos analistas do BTG Pactual:
O governo espera receber R$ 14,6 bilhões em dividendos somente da Petrobras (PETR4).
Vale lembrar que o Estado é o maior acionista da petroleira e possui uma participação direta de 28,7% (excluindo BNDES e BNDESPar).
Em um relatório publicado pelo banco no dia 03 de setembro, os analistas explicaram que, para que o governo consiga receber o montante esperado em dividendos, a companhia terá que distribuir aproximadamente R$ 50,9 bilhões.
Isto representa um valor 7% acima das estimativas da casa e um dividend yield de, no mínimo, 10%.
Assim, a ideia de que o atual governo planeja incluir os dividendos da Petrobras em suas receitas de 2025 pode animar muitos investidores. Afinal, tendo o Estado como maior interessado em receber os proventos, o risco de não pagamento diminui.
Mas depois de críticas, tentativa de bloqueio de dividendos e suspensão de pagamentos extraordinários, será que a inclusão dos proventos no PLOA é motivo suficiente para apostar na estatal?
Analistas do BTG Pactual dão o veredito sobre a Petrobras (PETR4)
A questão dos dividendos é só um dos pontos de atenção em relação à estatal. Os analistas do BTG destacam ainda que fusões e aquisições, bem como mudanças nas posições executivas e gerenciais são responsáveis pelo “ruído em torno da Petrobras que tem sido alto e provavelmente continuará”.
No relatório, os analistas explicam em mais detalhes o impacto do projeto do governo na distribuição dos dividendos da Petrobras. Eles ainda dão o veredito se, apesar dos demais riscos, vale a pena investir.
A boa notícia é que você pode ter acesso a este material de forma 100% gratuita. O BTG Pactual liberou este relatório como uma cortesia para os leitores do Seu Dinheiro.
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