O Brasil sempre foi conhecido no cenário internacional como uma nação pacifista e intermediadora de conflitos pelo mundo — e com a guerra entre Israel e o Hamas não está sendo diferente.
Em nome do fim do conflito que já matou milhares de pessoas dos dois lados, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro pediu que Israel cumpra imediatamente as determinações da Corte Internacional de Justiça (CIJ).
Em nota oficial, o Itamaraty destacou o caráter vinculante das medidas cautelares aprovadas no processo movido pela África do Sul.
“O governo brasileiro tem a convicção de que as medidas cautelares contribuirão para garantir o cumprimento da Convenção e a proteção dos direitos do povo palestino, bem como o necessário e imediato alívio humanitário, conduzindo à pronta cessação das hostilidades”, diz o Ministério das Relações Exteriores.
Brasil também faz pedido ao Hamas
O pedido do Brasil não foi apenas endereçado a Israel. A nota oficial reforçou a importância da imediata liberação dos cerca de 130 reféns que permanecem em poder do grupo Hamas.
Além disso, o Itamaraty repetiu a defesa da solução de dois Estados — uma proposta também defendida pelo principal aliado de Israel, os EUA, e que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeita.
“O Brasil reitera a defesa de um Estado palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, diz o comunicado.
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A determinação do tribunal da ONU
Na sexta-feira (26), a mais alta instância das Nações Unidas,determinou que Israel permita a chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O tribunal também decidiu que o governo israelense deve evitar que suas forças cometam genocídio.
A corte, no entanto, não se pronunciou diretamente sobre a acusação principal do processo: se a população da Faixa de Gaza sofre genocídio.
O principal argumento foi o de que processos de genocídio são complexos e que uma decisão definitiva leva anos.
*Com informações da Agência Brasil