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Balanço positivo faz ação da Sabesp (SBSP3) subir quase 4%; veja os dados que animaram os analistas antes da privatização

Privatização da Sabesp (SBSP3)

Privatização da Sabesp (SBSP3)

A Sabesp (SBSP3) é considerada o máximo expoente das estatais a caminho da privatização e publicou um balanço bastante positivo na noite da última quinta-feira (21).

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O resultado repercutiu na cotação do papel, que subia 3,72% por volta das 11h desta sexta-feira (22), com as ações cotadas a R$ 81,55.

No mesmo horário, o Ibovespa operava em queda de 0,55%, aos 127.490 pontos, enquanto o dólar à vista era cotado a R$ 4,98, alta de 0,20%. 

Os analistas do Itaú BBA viram o balanço como bastante positivo, mantendo a recomendação de compra para as ações.

O potencial de alta dos papéis SBSP3 é de pouco mais de 50%, tendo em vista o preço de fechamento da última quinta-feira e o preço alvo de R$ 120,30, estipulado pelo banco. 

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Quem corrobora com essa projeção positiva são os analistas da Genial, que também recomendam compra dos papéis SBSP3, destacando que a empresa é negociada a 1x EV/RAB.

É preciso lembrar que o indicador EV/RAB é utilizado para avaliar a relação entre o valor da empresa e seus ativos regulatórios.

O índice serve para que investidores e analistas entendam melhor o potencial de crescimento e valorização das ações desse setor.

Assim, quanto menor o EV/RAB, mais barata está a empresa na bolsa.

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Destaques do balanço da Sabesp (SBSP3) 

Confira a seguir os números do balanço:

Métricas (em milhões de R$)4T234T23/4T2220232023/2022
Lucro Líquido1,18684,70%3,52312,90%
Receita Líquida7,26222,40%25,56815,90%
Ebitda ajustado2,96472,30%9,63435,90%
Fonte: Comunicado da Sabesp para a CVM

Para o Itaú BBA, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em inglês) foi o grande destaque do balanço. Ele é um indicador usado para avaliar a capacidade de geração de caixa de uma empresa.

Esse resultado se deve principalmente às despesas controláveis, que encolheram 7%, em linha com a estimativa do bancão para o trimestre.

Além disso, as despesas de terceiros e inadimplência menores também ajudaram no resultado. O não pagamento de débitos caiu de 2,8% para 2,0% da receita bruta na passagem do terceiro para o quarto trimestre.

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Essa redução reflete as iniciativas da empresa para renegociar dívidas com clientes e melhorar a cobrança.

Contraponto: o que ficar de olho na Sabesp?

Vale destacar que o processo de consulta pública para discutir novos termos da concessão e de uma nova regulamentação do setor ainda está em aberto. A publicação do documento está marcada para algo entre o final de março e começo de abril. 

Não só isso, mas há a expectativa de assinatura de novos contratos de concessões com municípios, que devem acontecer entre maio e junho. 

O principal percalço no caminho da privatização é a futura governança da empresa. Isso porque a Sabesp já é parcialmente privada e a expectativa a partir de agora é de que o governo estadual reduza sua participação dos atuais 50,3% para algo como 15% a 30%.

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Disputas políticas 

Nesta semana, a prefeitura de São Paulo enviou à Câmara Municipal o projeto de lei 163/2024, com o objetivo de autorizar o poder de concessão para assinar o novo contrato de concessão nos termos da URAE (Unidade Regional de Água e Esgoto de Municípios que deve utilizar o mesmo sistema de saneamento).

A cidade de São Paulo representa aproximadamente 44% das receitas da empresa, e a adesão do município ao URAE é fundamental para o processo de privatização.

“Somos céticos quanto à negação da cidade de São Paulo a proposta por inúmeros motivos, mas achamos pouco provável essa proposta chegar até aqui sem nenhum acordo político sobre esse tema”, escrevem os analistas da Genial.

E continuam: “além disso, a negativa quanto a participação do URAE faria com que cada município tivesse que operar os serviços de água e esgoto de sua própria área de cobertura e indenizar a Sabesp quanto aos investimentos realizados na estrutura de atendimento de água e esgoto, o que julgamos impraticável”

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Por fim, vale lembrar que os opositores à privatização da Sabesp seguem tentando judicializar a questão, o que pode atrasar o cronograma esperado pelo mercado. 

Confira a agenda de privatização da Sabesp

Os analistas do JP Morgan dividiram o andamento da privatização em etapas — e onde teremos que chegar até 2024:

Fase 1: Já concluída

Fase 2 (estamos aqui): novembro de 2023 a fevereiro de 2024

Fase 3: fevereiro de 2024 a julho de 2024

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